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17 de Maio de 2017, 17h:00 - A | A

PODERES / SUPOSTA FRAUDE

Taques abre representação contra Zaque e MPE investiga promotor

O governador acusa o promotor Mauro Zaque de falsificação de documento público, prevaricação e ainda denúncia caluniosa, referente à denúncia de que os grampos clandestinos ocorriam com conhecimento dele.

ALCIONE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO



O governador Pedro Taques (PSDB) ingressou com duas representações contra o ex-secretário de Segurança Pública do Estado, o promotor de Justiça, Mauro Zaque. Uma no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e outra na Procuradoria Geral de Justiça (PGJ).

Ambas com cópias encaminhadas à Procuradoria-Geral da República (PGR), onde Zaque fez denúncia da existência de um esquema de escutas ilegais feitas pela Polícia Militar de Mato Grosso, que segundo ele, ocorriam com o conhecimento do governador, que nega e acusa o promotor de fraude. A confirmação da denúncia de Taques veio do próprio Gabinete de Comunicação (Gcom).

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Uma das representações, direcionada ao procurador-geral de Justiça, Mauro Curvo, pede investigação da conduta do promotor Mauro Zaque, que denunciou a prática de “barriga de aluguel”, quando números de telefone de pessoas inocentes são inseridos misturados aos de pessoas acusadas de crimes, em interceptações telefônicas no Estado.

Agora o pedido deve ser entregue à Corregedoria do Ministério Público, que irá analisar se abre ou não um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar a conduta profissional do promotor.    

O governador acusa Zaque de falsificação de documento público (artigo 297 do Código Penal), prevaricação por ter deixado de praticar ato de ofício (artigo 319 do CP) e ainda denúncia caluniosa (artigo 339 do CP).

O promotor Mauro Zaque foi procurado pela reportagem, mas não atendeu e nem retornou as ligações. Em outra ocasião, o ex-secretário comentou que não está acompanhando se investigação será acatada pela PGR.

“Se a procuradoria entender que houve crime, vai punir. Se não, tudo bem. Apresentei provas concretas e agora cabe à PGR definir o que fará”, afirmou.

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