RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO
Documentos apresentados pelo Governo do Estado apontam que o pedido de investigação feito pelo ex-secretário de Segurança Pública do Estado, promotor Mauro Zaque, à Procuradoria Geral da República (PGR) - sobre um esquema de escutas telefônicas ilegais, monitoradas pela Polícia Militar de Mato Grosso - que envolveu deputados federais, estaduais, advogados e jornalistas pode ter sido fraudado.
“Isso é uma fraude. Não são possíveis dois protocolos no mesmo horário, com o mesmo número. Eu preciso ter acesso aos documentos para me defender”, destacou Taques.
Conforme os documentos que o teve acesso, o documento encaminhado por Mauro Zaque à PGR, denunciando os 'grampos' ilegais, que, segundo ele, ocorriam em 2015 com a autorização do governador, tem o mesmo número de protocolo 542635/2015 referente a um ofício enviado pelo Poder Legislativo do município de Juara, solicitando obras à Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), protocolado às 10h26, do dia 14.10.2015.
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Taques afirmou que a denúncia de Zaque nunca chegou ao seu gabinete porque tudo não passou de uma fraude.
"Segundo Mauro Zaque, o comandante da PM na época [coronel Zaqueu] disse que eu sabia disso. Quero dizer que não mandei ninguém fazer isso, mas [o fato] precisa ser investigado”, concluiu o tucano.
“Isso é uma fraude. Não são possíveis dois protocolos no mesmo horário, com o mesmo número. Eu preciso ter acesso aos documentos para me defender”, destacou Taques.
As escutas telefônicas clandestinas teriam como alvo a deputada estadual Janaína Riva, o deputado federal Carlos Bezerra, ambos do PMDB, o ex-vereador e ex-candidato ao Governo do Estado Lúdio Cabral, além do blogueiro José Marcondes Muvuca, assimcomo advogados e jornalistas.
Ao contrário da denúncia entregue em mãos ao secretário do Gabinete de Governo, no dia 08 de outubro do mesmo ano, em caráter reservado, o segundo documento, que, também é classificado como "reservado", foi encaminhado ao Protocolo Geral do Estado, o que foge dos padrões normais estabelecidos pelo Estado quando o assunto é sigiloso.
“Se alguma outra denúncia tivesse sido encaminhada a mim ou ao meu gabinete, teria sido encaminhada ao Ministério Público da mesma forma que procedemos no primeiro caso”, disse o governador.
Taques finalizou pedindo que a Polícia Civil investigue os responsáveis pela suposta fraude do documento, além de garantir que vai acionar o ex-secretário Mauro Zaque no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) por fraude.
“Segundo Mauro Zaque, o comandante da PM na época [coronel Zaqueu] disse que eu sabia disso. Quero dizer que não mandei ninguém fazer isso, mas [o fato] precisa ser investigado”, concluiu o tucano.
Outro lado
O procurou o promotor de Justiça Mauro Zaque e o ex-secretário Fábio Galindo, mas os telefones estavam desligados.
Fantástico
O programa "Fantástico", da TV Globo, esteve em Cuiabá na última quarta-feira (10) finalizando uma reportagem especial, que trata sobre escutas telefônicas clandestinas envolvendo autoridades mato-grossenses. A reportagem foi ao ar neste domingo (14).
Veja documentos:
Governo do Estado
Protocolo de denúncia sobre grampos ilegais no Governo do Estado.
Governo do Estado
Protocolo Câmara Municipal de Juara solicitando obras à Sinfra.
OLIVEIRA CUIABANO 15/05/2017
EU NÃO ETENDO GOVERNADOR COMO O SITEMA EMITE DOIS TIPOS DE PROTOCOLO DISTINTOS, OU SEJA UM NA CASA CIVIL E OUTRO NA SINFRA, COM A MESMA NUMERAÇÃO, UMA VEZ QUE AO EMITIR O PROTOCOLO NÃO TEM COMO MUDAR O SISTEMA, JÁ QUE OS PROTOCOLOS SÃO NUMERADOS PELO SISTEMA EM ORDEM SEQUENCIAL, DE TODOS AS SECRETARIAS E GOVERNO. E SEGUNDO INFORMAÇÕES ESSES PROTOCOLOS NÃO PODEM SER CANCELADOS E SIM ARQUIVADOS, EU ACHO QUE TEM ALGUMA COISA ERRADA NESTE MEIO.
PPFF 15/05/2017
Quem muda uma ata eleitoral verdadeira por uma falsa , muda um protocolo que está sob seu domínio não é paulo taques com a anuência de pedro taques
Davi Cáceres 14/05/2017
No GAECO o inquérito é presidido pelo Ministério Público. A presidência de inquéritos investigativos não são privativos do Delegado, muito menos as investigações privativas de agentes da Polícia Civil, basta lembramos das CPI s, nas quais a investigação é conduzida pelos deputados. Por outro lado, a Polícia Civil tem se tornado cada vez mais ostensiva, com um grupo especializado que pretende se assemelhar ao Bope. Portanto, se fosse o caso dd usurpação de função, tratar-se-ia de uma usurpação recíproca. A questão é o mau uso do sistema para atraves de dados obtidos ilegalmente chatagear deputados e autoridades.
Julio 14/05/2017
O Ministério Público Federal não costuma fazer denúncia sem elementos fáticos-probatórios mínimos. O governador está seguindo um percurso temerário de partir para o ataque e corre o risco de ser condenado não só pelos grampos ilegais, mas também pela denunciação caluniosa. Toda matéria pode ser usada como defesa, mas o Princípio do "Nemu Tenetur se Detegere" não protege acusações infundadas. Cuidado governador!
Davi 14/05/2017
O governador alega que foi chantageado pelo Mauro Zaque à época dos fatos. Se o governador estava certo porque não ofereceu denúcia contra o promotor?
Benê 14/05/2017
Quando a presidenta da República foi grampeada Taques deu declarações apoiando o ato ilícito. Agora no seu Governo vemos a mesma coisa acontecendo São os golpistas e seu modus operandis..
augusto 14/05/2017
Pq esse protocolo é uma fraude e não o outro?Pq esta desmerecendo a denúncia antes da devida apuração?
7 comentários