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17 de Maio de 2017, 07h:00 - A | A

PODERES / AUTORIZOU ESCUTAS

Juiz diz que não sabia que políticos e advogados eram alvos em 'grampos'

Jorge Ferreira autorizou a PM a grampear 120 linhas telefônicas, como rede suspeita de tráfico, mas no meio estavam políticos, advogados, agentes públicos, jornalistas e médicos.

RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO



O juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, que assinou a autorização para a instalação de escutas telefônicas ilegais contra políticos, empresários, advogados e jornalistas, monitoradas pela Polícia Militar, disse ao , que não tinha conhecimento que o pedido de investigação contra uma suposta rede de traficantes camuflava o chamado sistema "barriga de alguel", quando números de telefones de cidadãos comuns ou autoridades, são inclusos na lista de "grampos" junto a de criminosos.

“Com certeza eu não tinha nenhum conhecimento”, argumentou o juiz Jorge Ferreira.

Em 2014, ele autorizou a quebra dos sigilos telefônicos solicitada pelo Ministério Público Estadual (MPE), sob o argumento de que a PM investigava o envolvimento de policiais militares com uma quadrilha de tráfico de drogas na fronteira entre o município de Cáceres, comarca onde atuava o juiz, e a Bolívia. No lugar dos telefones de traficantes, foram acrescentados codinomes e números de celulares de agentes públicos e pessoas com prerrogativa de foro.

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“Com certeza eu não tinha nenhum conhecimento”, argumentou o juiz Jorge Ferreira.

O magistrado, que atualmente responde pela 2ª Vara da Infância e Juventude da Capital, afirma que só tomou conhecimento dos fatos após reportagens veiculadas na mídia, desde a semana passada.

“Só fiquei sabendo do que aconteceu pela imprensa, mas não quero falar nada. Vou aguardar primeiro a documentação para depois me manifestar”, destacou o juiz.

“Só fiquei sabendo do que aconteceu pela imprensa, mas não quero falar nada. Vou aguardar primeiro a documentação para depois me manifestar”, destacou o juiz.

Nesta terça-feira (16), a corregedora-geral da Justiça de Mato Grosso, desembargadora Maria Aparecida Ribeiro, também determinou que os magistrados, que inicialmente apreciaram pedidos de interceptação telefônica, prestem informações à Corregedoria-Geral da Justiça no prazo de cinco dias, inclusive Jorge Ferreira. Sobre a questão, o magistrado preferiu não comentar.  

“Eu preciso conhecer o processo. Enquanto eu não tomar conhecimentos dos fatos não posso falar nada”, argumentou.

As escutas ilegais, monitoradas pela Polícia Militar, teriam ocorrido de outubro de 2014 até o mês de agosto de 2015 com o aval do MPE e do Tribunal de Justiça do Estado. 

A denúncia foi feita pelo ex-secretário de Segurança do Estado, o promotor de Justiça, Mauro Zaque, que levou o caso à Procuradoria Geral da República, afirmando que tudo ocorria com o conhecimento do governador Pedro Taques (PSDB), que nega a ação e aponta chantagem e fraude por parte do promotor. 

Assim que o caso veio à tona, o presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Rui Ramos argumentou que o TJ pode ter sido induzido ao erro. Ele determinou uma investigação interna no Poder Judiciário sobre as denúncias. A assessoria informou que o procedimento será sigiloso e que ele só se pronunciará sobre o caso ao fim da apuração. (Veja mais aqui).

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Carlos Nunes 17/05/2017

Aí, teria que perguntar pro Meritíssimo Juiz: O que acontece quando enganam um Juiz? Há investigação? Inquérito? O Juiz foi induzido ao erro...quem induziu? A gente que não é advogado...não entende nada disso. Bem, no Brasil, o país da inversão de valores, é possível que esse caso não dê em nada, ou dê? Sei lá. quem sabe. O perigo da arapongagem é o tal do dossiê...quantos dossiês fizeram? Quem fez? Dossiê é um perigo. A essa altura ninguém sabe mais nem quantas listas tinham...só aquela que a Globo apresentou, ou várias? De 2014 até 2017 deve ter havido diversas, ou não? Agora teria que fazer uma Auditoria, em todos os pedidos de grampos de 2014 até 2017, pra ver se não vem fazendo isso faz tempo...vai que no meio tem um político, ou um Juiz, ou até Desembargador. Vote!

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