MARCIA MATOS
DA REDAÇÃO
Primeira suplente do deputado federal Júlio Campos (DEM) na Câmara Federal, a e ex-primeira dama do estado, Thelma de Oliveira (PSDB) declarou ao RepórterMT que ainda não foi convocada pela Câmara Federal para assumir a vaga e descartou qualquer possibilidade de se candidatar a senadora, substituindo o senador Jayme Campos (DEM), que desistiu de disputar a reeleição, pelo grupo do candidato ao governo Pedro Taques (PDT).
"Eu não sou candidata a nada. Imagina eu senadora. Não quis ser nem deputada federal"
“Não. E eu não sou candidata a nada. Imagina, eu senadora. Não quis ser nem deputada federal e isso foi uma decisão pessoal”, afirmou.
Entre as preferências do partido para substituir Jayme, Thelma deixou claro a preferência Tucana pelo deputado federal Nilson Leitão (PSDB).
“Na verdade a gente está começando o processo só que, agora, o Nilson [Leitão] foi para Brasília e temos que esperar o retorno dele”, frisou.
A coligação Atitude Para Mudar tem até 10 dias para protocolar o nome do substituto de Jayme como candidato a senador.
Segundo Thelma, no momento, estão sendo avaliados os perfis dos que podem ocupar a vaga.
Sobre a cassação de Júlio Campos Thelma disse que não esperava por essa decisão.
“Eu fiquei surpresa porque, para mim, essa já era uma situação que tinha sido resolvida anteriormente. Não estava nem cogitando nada disso”, relatou.
Com relação à desistência de Jayme a disputar a reeleição ao Senado
“A avaliação que a gente tem é que ele tinha uma candidatura com 40% [nas pesquisas]. Não que fosse tranquila porque não existe eleição tranquila, mas com 40% era uma eleição que tinha tudo para dar certo e foi um sentimento muito grande de todos que ele tenha tomado essa decisão (...) Ele deve ter tido os motivos dele, então é só lamentar porque é uma pena porque a campanha estava começando”, ressaltou.
CASSAÇÃO DE JÚLIO
Por quatro votos a um, o deputado federal Júlio Campos (DEM) teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral, na sessão desta terça-feira (22). O deputado era acusado de suposta compra de votos na campanha eleitoral de 2010.
O processo que começou por uma denúncia anônima aponta que o parlamentar teria comprado votos em troca de vales de compras e abastecimento. Os tickets seriam distribuídos na empresa Empreendimentos Santa Laura S/A, da qual é sócio majoritário.
PRONTA PARA ASSUMIR
Apesar de ter sido condenada por improbidade administrativa em 2011, Thelma estaria apta a assumir o cargo porque sua condenação a deixava inelegível por três anos.
