Servidores da AL recebem já em maio 8,34% de reposição salarial

AL-MT

Maluf: "estamos cumprindo nossa obrigação"

PAULO COELHO
DA REDAÇÃO

Enquanto os poderes Executivo e Judiciário têm dificuldades  para cumprir a reposição salarial de 6,23% aos seus servidores, a Assembleia Legislativa, por meio de seu presidente Guilherme Maluf (PSDB), não só anunciou o cumprimento do índice constitucional, mas foi ainda mais além. Todos os servidores do legislativo vão receber já agora em maio, seus salários com reajuste de 8,34%, mais de 2%  a acima do que manda o índice referente às perdas nos salários , devido à inflação. A reposição vai beneficiar servidores ativos e inativos.

Maluf explicou que, no caso da Assembleia, essas perdas foram calculadas compreendendo o período de maio do ano passado até o mês de abril deste ano.

“Estamos cumprindo nossas obrigações em que pese nossa política de conteção de despesas, corte de gastos, custos e da devolução de R$ 20 milhões para ajudar o Executivo em questões sociais, como a Saúde”, apontou Guilherme Maluf que, ao lado do deputado Ondanir Bortolini, o Nininho (PR), Primeiro Secretário da Casa, comandam o legislativo desde o início de fevereiro.

“Isso só foi possível, devido às políticas arrojadas que tomamos desde o início, pois não é nada fácil tomar decisões como as que tomamos, já que elas nem sempre agradam todo mundo”, explanou Nininho, que é o ordenador de despesas da Assembleia.

O Poder Judiciário também fechou sua reposição aos seus servidores, que não passará dos 6,23%.

Já o Executivo decidiu não repassar o índice inflacionário de uma só vez e o parcelamento definido pelo governador Pedro Taques (PDT), boa parte dos servidores do Estado, como os do Detran-MT e os da Secretaria de  Meio Ambiente (Sema) que, em função disso, estão com indicativo de greve.

A equipe econômica do Paiaguás apenas encontrou “possibilidade” de repassar  metade desse índice, agora em maio, ou seja, 3,11% e ao outra metade ao longo do resto do ano .

O líder do governo na Assembleia, Wilson Santos (PSDB), falou das dificuldades enfrentadas ao assumirem a gestão deixada pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB).

“Ter que governar o Estado depois do governo Silval, um homem que jamais esteve preparado para comandar esse Estado, não é nada fácil. Um homem que deixou mais de R$ 1 bilhão em déficit e deixou um orçamento que mais parece um a peça de ficção”, criticou.