DA EDITORIA
Revoltado com o fato da ex-presidente da República, Dilma Rousseff (PT), que acaba de ter o mandato cassado, ter mantido seus direitos políticos, conforme votação do Senado, nesta quarta-feira (31), o senador por Mato Grosso, José Medeiros (PSD), disparou em redes sociais e entrevistas à imprensa, que se sente traído e envergonhado pelo acordo feito pelo PT e PMDB, para evitar que a petista ficasse inelegível, e anuncia que pode passar a fazer oposição ao governo do presidente Michel Temer (PMDB), o qual vinha apoiando.
“Passo imediatamente a repensar meu apoio ao atual Governo que hoje toma posse. Não é assim, por meio de conchavos, que eu penso política”, disse Medeiros.
“Passo imediatamente a repensar meu apoio ao atual Governo que hoje toma posse. Não é assim, por meio de conchavos, que eu penso política”, disse Medeiros.
O senador pontuou que assim como ele, grande parte dos 61 senadores, que votaram a favor do impeachment de Dilma podem aderir a um “racha” na base de Temer, e frisou que para ele manter os direitos políticos da ex-presidente é o mesmo que “rasgar a constituição”.
"O artigo 52 ele é claro: a perda do mandato com a perda dos direitos políticos, como foi o presidente Collor. Então a gente viu que pau que deu em Collor não deu em Dilma”, protestou.
“A forma como o PMDB se comportou aqui hoje fazendo esse puxadinho para rasgar a constituição brasileira, porque o artigo 52 ele é claro: a perda do mandato com a perda dos direitos políticos, como foi o presidente Collor. Então a gente viu que pau que deu em Collor não deu em Dilma”, protestou.
Para o senador o acordo entre PT e PMDB é o indicativo de que a atuação do Governo Federal não vai mudar com a saída de Dilma.
“Nós fizemos um pacto de limpar o Brasil. Um pacto de ajudar o presidente Temer a ter condutas diferentes. Não dá para continuar na mesma coisa”, reclamou o senador que finalizou comparando seu sentimento a boa parte da população brasileira. “Eu saio daqui com vergonha, decepcionado, e eu creio que essa é a sensação do povo brasileiro: com gosto de caixão velho na boca”, concluiu.
DIREITOS POLÍTICOS
Apesar da maioria dos senadores terem votado pelo impeachment, os direitos políticos de Dilma foram mantidos devido a votação realizada na tarde desta quarta-feira (31), na qual foram somados 42 votos a favor da cassação e 36 contra, com três abstenções. Para que Dilma ficasse inelegível por oito anos, seria necessário que dois terços (54) dos senadores votassem pela inabilitação.
Com os direitos políticos mantidos, a petista fica livre para disputar eleições, votar e ocupar cargos na administração pública.
Parte dos senadores defende que sofrido o impeachment, Dilma seria enquadrada como ficha suja e, portanto, não poderia se candidatar a cargos elegíveis.
Já os senadores que defendem Dilma, apontam que a lei da ficha limpa não se aplica nesse caso.
ronaldo araujo 01/09/2016
Quem e esse medeiros? Nunca ouvi fala desse sujeito.
Aloisio 31/08/2016
Surpreende a sua ingenuidade, Senador. Vai dizer que Vossa Excelência não sabia que estava aliado a políticos profissionais em todos os sentidos? Creio que agora Vossa Excelência entende o que é um golpe. Agora, vai dizer também que não sabe por que o PMDB votou para Dilma permanecer com seus direitos políticos?
Fabiano 31/08/2016
Essa é realidade do GOLPE, o cara não teve um 1 voto, e apoia o Golpe do cara que tambem não teve 1 voto. Esse ai é uma vergonha para MT
3 comentários