PAULO COELHO
Da Reportagem
O governo do Estado (gestão Silval Barbosa) sempre soube das irregularidades ocorridas na instalação e execução das obras do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT ) e, que é pior, o empreendimento nunca teve um projeto completo. As afirmações partiram do
A Planservi foi contratada pelo Estado, por meio de licitação, em 2013 pelo valor global de R$ 46,9 milhões, o que resultou em R$ 1,7 milhão por mês
representante legal do Consórcio Planservi, administrador das obras do modal, Valter Boulos.
Segundo ele a Planservi enviou mais de 570 Identificações de Problemas (IPs) à Secopa, sob o secretário era Maurício Guimarães. "Fizemos toda a parte que nos cabia”, disse.
A Planservi foi contratada pelo Estado, por meio de licitação, em 2013, pelo valor global de R$ 46,9 milhões, o que resultou em R$ 1,7 milhão por mês, num total estimado de 28 meses.
Questionado se a empresa tinha poder de paralisar obras onde houve a identificação de falhas técnicas, Boulos respondeu: “tínhamos o poder de paralisar serviços e isso fizemos”. Ele não soube ou não quis exemplificar que tipo de serviços foram esses.
Porém em momento algum do depoimento, que durou mais de duas horas e meia, o representante do consórcio VLT, quis fazer críticas diretas ao governo do Estado, tampouco responsabilizar pelas irregularidades ou inércia na tomada de providências.
“Algumas coisas ele [governo] resolvia”, emendou Bloulos, sem saber citar irregularidades que tenham sido corrigidas pela Secopa.
Foi um depoimento cheio de contra-senso, mas logo no começo de sua fala, ele deixou claro que a missão da Planservi era atender aos interesses do governo. "Ficou evidenciado que atender ao cliente seria notificar erros, recebendo R$ 700 mil por mês, para notificar as irregularidades, mas efetivamente, nenhum resultado aconteceu e, aí, eu pergunto, qual o objetivo de ter contratado a Planserrvi? Pra fazer relatório e não ser respeitado?”, indagou Boulos.
Quanto ao que já foi gasto com o VLT em Cuiabá e Várzea Grande, que chega a R$ 1,078 bi, Valter Boulos garantiu que todo esse montante corresponde ao que foi 100% executado.
Boulos também se eximiu de qualquer responsabilidade quanto às falhas nas construções dos viadutos da Sefaz e da UFMT.
“Quanto cheguei aqui para trabalhar a obra do viaduto da Sefaz já tinha sete meses que havia sido começada e o da UFMT, o problema lá é drenagem; havia um impasse entre a prefeitura de Cuiabá e a Secopa, ou seja, não foi responsabilidade nossa”, alegou.
Ele também não soube precisar quantos funcionários teria a Planservi em Cuiabá, nem mesmo quantos fiscais foram designados pela empresa para atuar no VLT.
Quanto à falta de projeto, o deputado Wilson Santos (PSDB), também criticou a atuação da Planservi. "Uma empresa que recebe R$ 47 milhões do governo para trabalhar numa obra que sequer tem um projeto completo?”, questionou.
A CPI ainda ouviu na tarde desta quarta-feira (22) o auditora da Controladoria do Estado, Nilva Izabel da Rosa, que ratificou depoimentos de outros auditores que já depuseram à Comissão, apontando inclusive resultados de auditorias realizadas, mas que foram baseadas em informações de estudos levantados pela própria Planservi.
Devido a um erro da assessoria técnica da CPI , o superintendente da Caixa Econômica Federal (CEF) em Mato Grosso, Carlos Roberto Pereira, não depôs nessa quarta.
“Achávamos que ele havia sido convocado, mas nos enganamos”, admitiu o presidente Oscar Bezerra.
Para a próxima terça-feira (28), estão marcados os depoimentos de Manoel Tereza Pereira dos Santos, membro da Gerência Executiva de Governo; e o o professor Luiz Miguel , da UFMT. A agenda para a próxima semana ainda não foi toda fechada.
Eliel Rezende Ernesto 23/04/2015
A Secopa sabia os deputados que estão participando da CPI sabia o TCE SABIA Só o ex Governador não Sabia , os Senadores também sabia, o Crea também sabia . Eu juro que eu não sabia disso.
Fernando 23/04/2015
Pessoal...a matéria está cheia de erros de português. Palavras 'cortadas'. Horrível ler um texto assim
2 comentários