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Cuiabá, 26 de Abril de 2024
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24 de Maio de 2015, 09h:30 - A | A

POLÍTICA / O ÚLTIMO APAGA A LUZ

Satélite deve iniciar debandada que pode 'implodir' PSD

Depois de Janaína Riva, Pedro Satélite começa a fazer as malas para sair do PSD. Destino provável será sigla socialista.

PAULO COELHO
DA REDAÇÃO



Se for medir pelo desânimo dos deputados do PSD  de Mato Grosso, não vai sobrar uma liderança sequer no partido, que anda “abandonado e sem rumo” no estado.

Depois da deputada Janaina Riva, que sinalizou que pode migrar para o PMDB até o meio deste ano, a convite do cacique daquela sigla, deputado federal Carlos Bezerra, agora é a vez do colega dela de parlamento Pedro Satélite, que em entrevista ao RepórterMT também não escondeu descontentamento com a legenda, fundada em Mato Grosso, pelo ex-deputado José Riva, que se encontra preso em Cuiabá, acusado de improbidade administrativa.

“Só estou esperando uma janela [jurídica] para sair, do jeito que está, não tem como trabalhar".

“Só estou esperando uma janela [jurídica] para sair, do jeito que está, não tem como trabalhar”, desabafou  Satélite.

No papel, o presidente do PSD de Mato Grosso é o ex-vice-governador Chico Daltro, que depois que perdeu a disputa por uma vaga na Câmara Federal, no ano passado, não tem participado das discussões da legenda. O secretário-geral do PSD é José Riva, que de ter sido o fundador da legenda no estado, foi [ e e ainda é, mesmo preso e sem mandato] a maior liderança peessedista de Mato Grosso, devido à gratidão e respeito que filiados da sigla têm pelo ex-parlamentar. Prova disso foi o apoio em peso que cerca de 30 prefeitos e outras dezenas de vereadores deram à candidatura de Janaina à deputada estadual em 2014.

“Hoje o PSD pode até ter presidente, mas ativo não”.

“Hoje o PSD pode até ter presidente, mas ativo não”,  reclamou o deputado, reforçando as queixas dos colegas deputados e José Domingos Fraga e Janaina Riva.

Assim como a deputada,  Satélite também diz ter recebido de outras siglas, como PPS e PSB que ensaiam uma fusão, o que poderia tornar legítima a mudança de partido sem incorrer em risco de infidelidade partidária.

“Não estou me sentindo bem no partido, do jeito que está. Não estou tendo como trabalhar no partido e não sou eu apenas, têm também os vereadores que, estão num mato sem cacchorro, pois eles têm uma eleição já no ano que vem”, apontou Pedro Satélite, lembrando que tudo também vai depender das regras as serem aprovadas na reforma política que o Congresso promete votar nos próximos meses, afim de elas valham para o pleito de 2016.

O primeiro a abandonar o barco social-democrata foi o ex-presidente da Famato, Rui Prado, que assim como Datro, naufragou em 2014 com suas pretensões eleitorais. Ele disputou vaga de senador e, com a prisão de Riva, decidiu migrar para o PSDB.

Efeito Dorner

Satélite defendeu que o ex-deputado federal Roberto Dorner seja realmente o presidente do PSD de Mato Grosso, como quer o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, mas o parlamentar entende que a decisão pelo nome do novo presidente da sigla no estado, deve ser discutida  com toda a base do partido, desde os próprios (quatro) deputados, as dezenas de prefeitos  e vereadores. “Não concordo com a forma com que estão decidindo isso, tem que haver respeito  à base”, completou.

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