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Cuiabá, 26 de Abril de 2024
26 de Abril de 2024

25 de Março de 2015, 20h:18 - A | A

POLÍTICA / CADA UM POR SI

Rachado, PR adia pela quinta vez decisão sobre apoio ou oposição a Taques

Deputado diz que precisa do governo e se declara "situação", independente de colegas

PAULO COELHO
DA REDAÇÃO



O Partido da República de Mato Grosso dá clara demonstração de que não está nem um pouco interessado em definir se abraça o governo ou se vira oposição à gestão do governador Pedro Taques (PDT) na Assembleia Legislativa.

A reunião marcada para acontecer ontem (24), pela quinta vez seguida não deu em nada. O partido teria um encontro, inclusive com o chefe da Casa Civil do governo, Paulo Taques, mas ninguém apareceu.

Nunca é demais lembrar que PR e PDT foram rivais na disputa pelo governo do Estado em 2014, quando os republicanos compuseram com o PT para tentar vencer Pedro Taques, o que além de ter sido em vão, ainda causou desgastes entre as duas  legendas.

“Estou cansado de chamar, de marcar para que possamos resolver essa situação, mas não tem dado certo, ninguém demonstra interesse”, reclamou o deputado Wagner Ramos que, independente de reunião interna do PR, se declarou  apoiador da gestão do governador pedetista.

“Eu precioso do governo, sou situação, vou apoiar  o governador  sim, pois eu sei o que passa o meu município, Tangará da Serra e toda aquela região, que  vive um caos em suas estradas, como a MT-358, que está interditada, onde a Saúde precisa de atenção, portanto, eu estou avisando aos meus companheiros de partido: eu sou da base governista”, garantiu Wagner, direto da tribuna da Assembleia Legislativa.

A articulação da entrada oficial do PR na base de apoio de Taques está sendo feita pelo líder do governo na Assembleia, Wilson Santos (PSDB), que já considera os republicanos como situacionistas.

Assumidos parceiros do governo mesmo, há três deputados republicanos: Wagner Ramos, Sebastião Rezende e principalmente Ondanir  Nininho, que se viabilizou primeiro-secretário (ordenador de despesas) da Assembleia, com o apoio de Pedro Taques.

Em cima do muro estaria  Emanuel Pinheiro, que prefere ser chamado de “independente”. Já o quinto parlamentar do PR é Mauro Savi, que tem tudo para ser oposição (foi ‘fritado’ por Taques na disputa da Mesa Diretora do legislativo), mas conforme Ramos e Wilson, já aceitou “conversar” com o governo.  

O Palácio Paiaguás colocou todo o seu poder de fogo (decisão direta do governador) para ter o PR oficialmente como aliado, principalmente para votar em matérias governistas muito importantes, como a reforma administrativa, que já foi enviada para a Assembleia e que vem enfrentando resistência de parte dos deputados. Taques não quer correr o risco de levar sua primeira grande derrota no Parlamento, um lugar que, segundo o líder governista, já há “quase” 20 deputados na base situacionista.

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