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Cuiabá, 13 de Maio de 2024
13 de Maio de 2024

15 de Abril de 2014, 21h:30 - A | A

POLÍTICA / QUEBRA DE DECORO

João Emanuel foi \'salvo\' por \'falhas\' da Câmara, afirmam advogados

Na véspera da sessão, os advogados de defesa do vereador declararam que com base nessas ‘brechas’ eles não descartavam a possibilidade de anularem a sessão.

MARCIA MATOS
DA REDAÇÃO



Conforme a possibilidade adiantada pelo RepórterMT, o que suspendeu a sessão, que poderia resultar na cassação do mandato do vereador João Emanuel (PSD), foram as ‘falhas’ ou brechas mesmo, deixadas pela própria Câmara Municipal, através da Comissão de Ética e da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Na véspera da sessão desta terça (15), os advogados de defesa do vereador declararam que, com base nas ‘brechas’, eles não descartavam a possibilidade de anular a sessão.

Pela manhã, a possibilidade se concretizou com a decisão da desembargadora Maria Aparecida Ribeiro, que suspendeu não só a sessão, mas todo o processo sobre a quebra de decoro parlamentar do vereador.

A magistrada determinou a ampliação do prazo de defesa do vereador, por entender que o mesmo não teve acesso a todos os documentos necessários para a elaboração de sua contestação, como explica o advogado do processo administrativo, Rodrigo Ciryneu.

“O João Emanuel tinha impetrado um mandado de segurança tempos atrás e tinha sido deferida a liminar em plantão. Posteriormente, a Câmara Municipal entrou com agravo de instrumento e a desembargadora suspendeu a decisão anterior. Entretanto, entramos com um pedido de reconsideração, demonstrando que houve um equívoco por parte da Câmara, quando esboçou suas razões. Ela [desembargadora] entendeu que nós estávamos com a razão e reconsiderou, fazendo prevalecer à decisão do juiz de segundo grau, que pediu a suspensão dos trabalhos da Comissão de Ética”, relatou.

A prova que faltava, segundo a defesa, seria um DVD. Os advogados alegam que, quando a Comissão de Ética entregou as provas a João Emanuel, a embalagem de um DVD estava vazia, ou seja, sem a prova mencionada.

De acordo com o presidente da Comissão de Ética, vereador Toninho de Souza (PSD), o DVD seria apenas a digitalização do processo. Contudo foi essa a ‘falha’ que ‘salvou a pele’ de João Emanuel.

Entre outras ‘falhas’ apontadas pela defesa de João Emanuel está a falta de notificações para que o vereador comparecesse à reunião da CCJ, realizada nesta segunda-feira (14), assim como à sessão que votaria a cassação de seu mandato, a fim de se defender.

Outro ponto que os advogados recorreram foi quanto ao relatório da Comissão de Ética ter sido concluído sem nenhuma testemunha ter sido ouvida.

Vitorioso, o advogado de defesa na esfera criminalista, Eduardo Mahon, comemorou a decisão da magistrada e alegou que, agora, os vereadores terão tempo para analisar as provas e repensarem a decisão.

“A justiça garantiu o direito de cada um à defesa e vamos, em outra oportunidade, retornar à primeira fase que é da Comissão de Ética. Nós acreditamos piamente que os vereadores são pessoas equilibradas. A  gente acredita que, com as provas a serem produzidas, nós tenhamos a oportunidade de fazer a diferença no convencimento deles. Então, é uma questão de dar oportunidade para tomarem contato com as provas diretas do processo”, observou.

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