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Cuiabá, 08 de Maio de 2024
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28 de Junho de 2010, 12h:34 - A | A

POLÍTICA /

Irã adia discussão nuclear para agosto e quer participação do Brasil

Folha-SP



O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou nesta segunda-feira que não vai retomar as negociações com as grandes potências sobre seu programa nuclear antes da segunda metade do festival muçulmano do Ramadã, no fim de agosto.

Ahmadinejad disse que o atraso visa a punir o Ocidente por impor novas sanções ao seu programa nuclear e pediu a participação de outros países --como Brasil e Turquia, com quem assinou um acordo nuclear em maio passado-- nas negociações.

O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) aprovou novas sanções contra o Irã no começo do mês pela recusa de Teerã em encerrar o enriquecimento de urânio em seu território.

O urânio enriquecido pode ser utilizado tanto para produção de energia nuclear (a 20%, como o Irã diz enriquecer) quanto para a fabricação de bombas (a 90%, algo que analistas duvidam que o Irã tenha tecnologia para fazer).

Os EUA e seus aliados acusam o Irã de esconder um programa de fabricação de armas nucleares em seu programa. Irã nega e diz ter apenas fins pacíficos. O Brasil, que buscou nos últimos meses um protagonismo nas negociações, defende que Teerã tem direito de manter um programa nuclear pacífico.

O Irã propôs no dia 17 de maio às grandes potências, após o acordo com Brasil e Turquia, trocar em território turco 1.200 kg de seu urânio levemente enriquecido (3,5%) por 120 kg de combustível enriquecido a 20% destinado ao reator de pesquisas médicas de Teerã. Mas à margem de sua proposta de troca, o Irã garantiu que pretendia prosseguir com o enriquecimento de urânio a 20%.

Em seu habitual tom provocativo, Ahmadinejad alertou ainda que inspeções nos navios iranianos com conexão com o programa nuclear pode provocar retaliação.

"É uma punição para ensiná-los (potências) uma lição sobre como ter um diálogo com as nações", disse o presidente iraniano, em uma entrevista a jornalistas.

Quando questionado quais seriam as retaliações, o presidente afirmou de forma vaga: "Se eles fizerem o menor dos erros, nós definitivamente retaliaremos".

COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

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