facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 13 de Maio de 2024
13 de Maio de 2024

15 de Setembro de 2014, 13h:44 - A | A

POLÍTICA / PECADOS DA CARNE

Grupo que recebe benefícios suspeitos em MT é o maior doador de campanha

DA REDAÇÃO



O grupo JBS, dono das marcas Friboi, Swift e Bertin, além das empresas Seara e Flora Higiene-Limpeza, doou, até agora, R$ 113 milhões para candidatos e partidos. Aliás, os 19 maiores financiadores de campanha respondem por metade do valor doado até agora por empresas e indivíduos na eleição.

Partidos, comitês e candidaturas em todo o País receberam desses 19 grupos R$ 522 milhões,  do total de R$ 1,040 bilhão vindo de contribuições de pessoas físicas e jurídicas até agora. Os R$ 1,040 bilhão referem-se ao que foi declarado por candidatos a presidente, governador, senador e deputado federal e estadual ou distrital até 6 de setembro. 

O grupo JBS é alvo de suspeitas em MT. Deputados denunciam  um esquema de 'proteção suspeita' da Secretaria de Fazenda de MT. A JBS, por exemplo, com os benefícios que recebe do governo, e 11 unidades no estado, recolherá este ano, apenas R$ 34 mihões em impostos, quando, segundo a declarou a deputada Luciane Bezerra (PSB), em entrevista ao programa Conexão Poder, poderia estar recolhendo mais de R$ 200 milhões.

ex-prefeito de Cuiabá e apresentador de TV, Roberto França, em seu programa Resumo do Dia, na TV Rondon-SBT, também afirmou que haveria um suposto esquema de sonegação de impostos por parte das empresas. Tudo sob os olhares coniventes do secretaria. De acordo com o apresentador a suspeita é que os frigoríficos no Estado estariam deixando de recolher aos cofres de MT cerca de R$ 3 milhões por mês. 

O principal questionamento é que as empresas do ramo recolhem o ICMS por estimativa. O ex-secretário de Fazenda, Edmilson Santos, atual diretor do MT Par baixou uma portaria em 2010, que permite a modalidade de tributação. a em 2010 pelo então secretário Edmilson dos Santos, atual diretor do MT Par. 

QUEM LEVA MAIS

O PT foi o partido que mais recebeu da JBS: R$ 28,8 milhões - ou 1 de cada 4 reais doado pela empresa. O PSD ficou em segundo lugar, com R$ 16 milhões, e o PMDB, em terceiro, com R$ 14 milhões. Entre todos os candidatos, a maior beneficiada pelas doações da JBS foi a presidente Dilma Rousseff.

Dos dez maiores doadores da atual campanha, cinco são grupos empresariais que tiveram origem no ramo da construção. São os casos da OAS (2.º maior), Andrade Gutierrez (5.º lugar), UTC Engenharia (7.º), Queiroz Galvão (8.º) e Odebrecht (9.º). Empresas que também atuam em MT com grandes contratos.  Segunda colocada no ranking dos maiores contribuintes com os políticos, a Construtora OAS acumula R$ 66,8 milhões em doações. O PT ficou com quase metade desse dinheiro, ou R$ 32 milhões. O restante foi dividido entre PMDB, PSDB e PSB, entre outras legendas.

A Andrade Gutierrez doou R$ 33 milhões, divididos quase que exclusivamente entre PT (R$ 16 milhões) e PSDB (R$ 13 milhões). A UTC deu R$ 29 milhões (R$ 13 milhões para petistas), a Queiroz Galvão doou R$ 25 milhões (PMDB recebeu R$ 7 milhões), e o grupo Odebrecht, R$ 23 milhões, principalmente para PT, PSDB e DEM. O terceiro maior doador é do setor de mineração. 

O grupo Vale doou cerca de R$ 53 milhões até agora, por meio de uma série de empresas. Dois partidos se destacam entre os beneficiários de suas doações: PMDB (R$ 20,6 milhões) e PT (R$ 14,5 milhões). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Comente esta notícia