RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO
O vice-governador do Estado, Carlos Fávaro, falou sobre os desafios de comandar o Partido Social Democrata (PSD) em Mato Grosso aos principais veículos de comunicação, nesta sexta-feira (2), em Cuiabá. Descontraído, ele abordou com os jornalistas as polêmicas da sua chegada repentina, principalmente, em relação à saída de dois deputados estaduais, Gilmar Fabris e Janaína Riva.
"O PSD ia enfraquecer e essas pessoas, provavelmente, iram mudar para partidos da base aliada ou até para oposição, iríamos perder muita gente nesse processo, por isso a condição de mantê-los agrupados”, garantiu.
Sem querer colocar mais ‘lenha na fogueira', o vice-governador disse que essas lideranças devem deixar o partido naturalmente. A resposta de Fávaro ocorreu após ser questionado sobre a imagem desgastada do PSD e sobre a polêmica condição para sua filiação, pedindo a saída de Fabris e Janaina Riva, além do fundador do partido no estado, José Riva - que teve sua imagem política “arranhada” devido a escândalos de corrupção e prisões. Riva é desafeto político de Fávaro e deixou a legenda logo após ser anunciado o acordo com o presidente nacional da legenda, ministro Gilberto Kassab.
“As pessoas tem que ser responsáveis pelos seus atos. As entidades e os partido estão a acima desse tipo de problema, até porque não quero polemizar essa questão”, desconversa Carlos Fávaro.
O novo social democrata prefere falar do futuro e não esconde que sua ida para a sigla foi principalmente para ampliar a base aliada do governo Taques. “A missão de poder agregar requeria essa mudança. O PSD ia enfraquecer e essas pessoas, provavelmente, iram mudar para partidos da base aliada ou até para oposição, iríamos perder muita gente nesse processo, por isso a condição de mantê-los agrupados”, garantiu.
Fávaro que já conquistou a adesão de 12 prefeitos, desde que entrou no PSD, espera que o partido consiga 'fechar' o número de 50 Prefeituras em Mato Grosso.
Antes de Fávaro, o partido contava com 32 prefeitos, com as novas filiações este número subiu para 44, com isso o Partido Social-Democrata é o que mais tem Prefeituras em Mato Grosso, seguido do PMDB e PR.
Em relação a mudanças nas executivas municipais do partido, o novo presidente é enfático ao afirma que “tudo permanece como está, não interessa se foi ligado a fulano o ciclano, o que importa é daqui pra frente. A fidelidade tem que ser a partir de hoje porque somos um grupo”.
Mesmo após admitir que houve algumas mudanças pontuais e necessárias. “Cinco ou seis comissões foram trocadas em consenso, um exemplo que eu posso dar é Tangará da Serra. Lá não há uma tradição do nosso partido nunca disputou eleições, mas com a nossa chegada ‘pintou’ um grande número de pessoas que querem participar, aí é natural que essas pessoas assumam o comando do partido”, revelou Fávaro.
Toda essa mudança na vida política do vice-governador, contou com o apoio do governador tucano, por isso Fávaro afirma que não há nenhum tipo de prejuízo político e governamental. “A construção foi feita em comum acordo junto com o governador Pedro Taques para ampliar a base, não há nenhum tipo de discussão de divergência com o deputado federal, Ezequiel Fonseca, presidente do PP, ele é meu amigo. Tenho muito gratidão pelo PP onde fiquei seis anos”, conclui.
PREFEITOS
Entre os prefeitos 'conquistados' por Fávaro estão: Valteir Quirino (Indiavaí), Nilton Borges Borgato (Glória D'Oeste), Daniel Gonzaga (Vale de São Domingos), Carlos Bianchi (São José dos Quarto Marcos), Maurão (Água Boa), Lino Cupertino (Figueirópolis D´Oeste), Paulinho (Araputanga) e Valdir Castro (Santo Antônio de Leverger). Vice-prefeitos: Arrepiado (Poconé), Vilma Maria (Nova Marilândia), Elizete (Luciara) e Arilson Arruda (Várzea Grande).
