NOELMA OLIVEIRA
DA REPORTAGEM
Um dia de muita tensão e de intensos de intensas articulações na Assembleia Legislativa prorrogou mais uma vez a votação da Reposição Geral Anual (RGA). Uma nova proposta será apresentada durante esta quarta-feira (30).
Para exaurir todas as negociações, a sessão ordinária marcada regimentalmente para esta manhã não acontecerá e os deputados só voltarão ao plenário às 17h. Esta última proposta sequer está fechada.
Esta quarta-feira será realizada novas reuniões do Governo com deputados e destes com lideranças que integram o Fórum Sindical. O movimento também começa a divergir. O governo já obteve vitória em primeira votação.
A base do governo, composta pela maioria dos deputados, mas que votou dividida na primeira votação, também defende mais debates até o último minuto.
O presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Maluf (PSDB),abriu a sessão de ontem, prevista para iniciar às 17h com pouco mais de duas horas de atraso.
Em cerca de 30 segundos, o tucano resumiu as articulações ocorridas durante o dia. “Por unanimidade, vamos encerrar a sessão de hoje e só vamos voltar amanhã para votar a RGA com nova proposta", resumiu o tucano.
Segundo Maluf,os deputados pediram mais esta noite para fazer estas conversações e poderem formatar esta nova proposta.
“Seguramente, nós temos a proposta original do governo em 6%, temos o substitutivo do deputado Zeca Viana e temos um terceiro projeto”, explicou Maluf.
O projeto de Lei do Executivo fixa em 6% a reposição para os servidores em três parcelas até 2017. O substitutivo, apresentado pelo deputado Zeca Viana (PDT), em conjunto com lideranças partidárias, pede 7,36% divididos em três vezes este ano e o restante a ser pago no próximo ano.
A terceira proposta não foi detalhada, mas prevê uma revisão salarial em torno de 7,50%.Já os servidores em greve exigem a reposição integral em 11,28%.
Conforme Maluf, a data limite para votar será amanhã (quarta-feira 30). “Existem uns ajustes finos nestes projetos novos, talvez, copilar os projetos num só”, detalhou.
Maluf disse que a nova proposta partirá de lideranças partidárias. “Talvez até com apoio da oposição”, acrescentou em entrevista coletiva.
Viana, por sua vez, afirmou que o governo não mostra números. “Até hoje é só conversa, só esta mentira e querendo enganar a população”, acusou.
Os deputados Emanuel Pinheiro e Janaína Riva, os dois do PMDB, lembraram o desgaste para o Legislativo, já que quem deve resolver a situação é o Poder Executivo. “Jogaram o abacaxi para a Assembleia”, lembrou o peemedebista.
O governo argumenta que não tem como oferecer um índice acima de 6%.