MARCIA MATOS
DA REDAÇÃO
Com novo adiamento para avaliar se Eraí Maggi (PP) será ou não convocado para depor na CPI da Cooamat, que o tem como principal investigado por um suposto esquema de sonegação milionária de imposto, o deputado Alexandre Cesar (PT), que preside a Comissão Parlamentar de Inquérito, declarou à imprensa nesta quarta-feira (26) que não pretende deixar que a ação vire “pizza” conforme vem sendo criticada.
“Não é meu objetivo como presidente dessa Comissão bancar o Pizzaiolo, mas é claro, eu sou um de cinco".
“Não é meu objetivo como presidente dessa Comissão bancar o pizzaiolo, mas é claro, eu sou um de cinco. Nós temos que entender que obviamente que forças políticas existem. Todo procedimento para a criação dessa CPI, todo processo evidenciou isso e não querem que essa apuração ocorra, não querem que nós possamos concluir esse trabalho nesse prazo”, argumentou.
O deputado Alexandre César se referiu à falta dos deputados Dilmar Dal Bosco (DEM) e Emanuel Pinheiro (PR), que não compareceram à reunião da CPI, que além dele, teve a presença apenas dos deputados José Riva (PSD) e Jota Barreto (PR).
Sobre a possível articulação política para evitar a conclusão da CPI ainda este ano, Alexandre César prometeu tomar providências.
“Obviamente que nós vamos buscar com os poderes que são atribuídos, ao presidente de uma Comissão tomar as medidas necessárias para que possamos chegar ao objetivo adequado. Então pretendo concluir esse processo não como uma pizza, até porque não é o meu prato favorito”, ironizou.
Assessoria
Dos cinco membros da CPI somente três compareceram.
A decisão para a convocação de Eraí Maggi, o maior produtor de soja do mundo, ficou para ser avaliado na próxima reunião da CPI, que deve ser realizada na próxima terça-feira (2) de dezembro. Na data, os membros da CPI também devem realizar a primeira oitiva, ouvindo o depoimento do presidente da Cooamat , Nonato Signel.
Outras duas oitivas foram marcadas pelo grupo para ouvir um membro do conselho fiscal da cooperativa no dia 4 de dezembro e um diretor no dia 9 de dezembro.
CPI
A suspeita é que a cooperativa é usada para operações fraudulentas que chegariam à R$ 500 milhões. De acordo com Riva, as denúncias são graves, e constam mais de 200 procedimentos e infrações na Secretaria de Fazenda (Sefaz). Riva já protocolou a denúncia na Delegacia Especializada em Crimes Fazendários (Defaz).
