Bezerra compara disputa em Cuiabá com a guerra do Vietnã

Assessoria

Lideranças do PMDB durante o evento que lançou a pré-candidatura do deputado Emanuel Pinheiro a prefeito

NOELMA OLIVEIRA
DA REDAÇÃO

O presidente do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra, conclamou os militantes e aliados da sigla a lutarem como os “vietcongs”, exército do Vietnã que humilhou os Estados Unidos na década de 70, em prol do pré-candidato a prefeito de Cuiabá, deputado estadual Emanuel Pinheiro.

Numa solenidade concorrida entre os peemedebistas, na sede do partido, nesta quarta-feira (27), foi lançada a pré-candidatura de Pinheiro. As lideranças do PMDB e de siglas aliadas mostraram coesão no discurso e o tom da campanha.

Com script do discurso em mãos e ferramentas para produção e gravação apostos para eventual campanha de vídeo, Pinheiro, que já tem o dom da oratória, apresentou, em linhas gerais, o diferencial da sua campanha de oposição em comparação a eventual candidatura à reeleição do prefeito Mauro Mendes (PSB), de quem o parlamentar estadual era aliado até o final de semana passado.

Para o dirigente do PMDB, a pré-candidatura de Pinheiro significa o renascimento do partido em Cuiabá e vai refletir em todo o Estado. “O PMDB está unido e preparado como um vietcong, um exército de esfarrapados que ganhou uma guerra do principal exército do mundo, o americano”, comparou Bezerra, chamado de cacique peemedebista dos lados externos da política mato-grossense.

Segundo os líderes, 14 partidos devem se somar “pró-Emanuel”, mas não foram citados todos. Veja aqui quais. Num discurso eloquente, Pinheiro apelou para uma campanha de sensibilidade. Afirmou que será mais do que um tocador de obras, “será acima tudo, um tocador de almas".

Ele disse que tem um dever cristão, “daquilo que chamamos de cuiabania, que é um estado de espírito”. Pinheiro é cuiabano, de família tradicional e de políticos, Já são 28 anos de vida pública, dois mandatos de vereador e quatro vezes deputado estadual. Esta é a segunda vez que ele disputa a prefeitura de Cuiabá.  Na década de 90, concorreu ao cargo pelo extinto PFL.

“Talvez tanto quanto obra, Cuiabá precisa de um líder no seu bairro, na sua rua. Vou entrar neste debate para buscar melhorar minha cidade. Eu quero ser o cuiabano que estará à frente da sua terra numa data tão emblemática e simbólica, o tricentenário da cidade daqui a três anos, sendo um líder no momento de transformação”, discursou Pinheiro.

Ele afirmou que será um prefeito, caso eleito, que não se omitirá sobre a conclusão do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), segurança pública, saúde e educação.  “Será uma disputa grande, vamos enfrentar a máquina municipal e estadual, peço lealdade dos adversários à sociedade com recursos públicos e, principalmente, à população para fiscalizar o pleito eleitoral”, conclamou.  

Informou também que ao ser convocado, pelo PMDB, não poderia deixar Cuiabá ter uma eleição plebiscitária. Os deputados Silvano Amaral, Janaina Riva, dirigentes de partidos aliados, estiveram presentes no evento. Os discursos apontaram que será uma campanha de crítica à gestão de Mauro Mendes.