PAULO COELHO
DA REPORTAGEM
Dezenas de integrantes do cadastro reserva do concurso público da Assembleia Legislativa , realizado em dezembro de 2013, protestaram na sessão ordinária desta terça-feira (31), exigindo que sejam chamados para trabalhar.
Usando palavras de ordem e cartazes criticando o que eles classificam de “cabide de emprego”, os manifestantes repudiaram, direto da galeria do Plenário das Deliberações, a recontratação de servidores comissionados,que foram exonerados em fevereiro pela nova Mesa Diretora da Assembleia.
“Os comissionados podem ter seus cargos, mas não em excesso, se não vira cabide de emprego. Eles (Mesa Diretora) estão nos enganando, pois já conversamos com todos, levamos a nota do Ministério Público, levamos o acórdão do Tribunal de Contas, ambos pedindo que a Assembleia regularize e troque os comissionados por efetivos e nós estamos aqui é pra isso, pra ajudar eles, ou seja, se eles contratarem mais
“Ele ( Maluf) deve estar recebendo informações equivocadas. Para se ter uma idéia, no lotacionograma da Assembleia existem 357 vagas e nós somos em 150 ao todo e os cargos são os mesmos sim”, alega Marcelo
efetivos, eles vão se adequar às exigências legais”, argumentou o líder da Comissão que representa 150 pessoas do cadastro de reserva do certame realizado pelo legislativo, João Marcelo, que disputou uma das vagas para técnico legislativo e ficou em 23º lugar.
O presidente da Assembleia, Guilherme Maluf (PSDB), se manifestou em plenário sobre o assunto e depois atendeu pessoalmente aos manifestantes, já no estacionamento dos deputados.
De acordo com Maluf, todos os 141 aprovados no concurso já tomaram posse e estão trabalhando na Casa. Outros 46 do cadastro de reserva, continuou o presidente, também já foram chamados.”
“Eu quero esclarecer que a Mesa Diretora publicou no Diário Oficial do dia 25 de março, a convocação de mais 15 aprovados no concurso de 2013. Os candidatos que formam o cadastro de reserva só podem ocupar os cargos que estavam previstos no edital e não podem ser chamados para outros cargos”, explicou acrescentando que a convocação dos integrantes do cadastro de reserva só pode ocorrer se houver desistência de aprovados já chamados e que esses peçam exoneração.
Sobre a recontratação de comissionados, Maluf disse que “ aqui é uma Casa Política, não posso fugir disso”. Para o presidente da Assembleia, não há vagas abertas para absorção dos classificados no cadastro de reserva.
Essa afirmação do presidente é contestada pela Comisssão dos ‘reservas’, que insiste em apontar vagas no lotacionograma do Parlamento.
“Ele ( Maluf) deve estar recebendo informações equivocadas. Para se ter uma idéia, no lotacionograma da Assembleia existem 357 vagas e nós somos em 150 ao todo e os cargos são os mesmos sim”, alegou Marcelo, sustentando que “a legalidade e a moralidade pedem que se nomeie os concursados e de outro lado, o apadrinhamento político prega a nomeação dos comissionados”.
O presidente Maluf se dispôs a conversar novamente com os membros do cadastro reserva. Uma reunião será realizada na semana que vem.
“Nós queremos achar a melhor saída, e havendo a possibilidade nós faremos a convocação sem qualquer problema”, garantiu o deputado.
GOUVERNEMENT 03/04/2015
Tá de brincadeira esse presidente MALUF!! Na verdade a almt tem vagas suficientes para contratar todos os concursados. Ao contrário do que diz o deputado, nao é falta de vaga que impede a nomeaçao dos classificados, mas a cara de pau desses deputados em protelar um direito líquido e certo diante do quantitativo de vagas existente no lotacionagrama, além do excessivo numero de comissionados na ALMT.
Maurilio Mederix 01/04/2015
Já passamos a fase dos esclarecimentos. Os deputados já tem em mãos um estudo que COMPROVA o número de vagas existentes que poderiam sim ser supridas com a nomeação do CR. Se é uma "casa política", como o presidente da AL afirma, que seja da boa política e não a conhecida troca de favores. A CONVOCAÇÃO DOS APROVADOS NESTE MOMENTO, ALÉM DE UMA QUESTÃO DE JUSTIÇA, TORNOU-SE DIDÁTICA E DISCIPLINANTE PARA TODA A GESTÃO PÚBLICA DE MATO GROSSO.
Elisa 01/04/2015
O Presidente afirma que não há vagas disponíveis. Mas há inúmeros documentos publicados pelo RH da Assembleia que comprovam exatamente o contrário. Há mais de 300 vagas disponíveis. Ou o Presidente está muito mal informado ou está agindo com má fé.
Tadeu 01/04/2015
O Presidente está mal informado. Há vagas disponíveis suficientes para chamar esses 150 aprovados e ainda para fazer um outro concurso!
Andriana 01/04/2015
Engraçado, pra contratar RETROATIVAMENTE um monte de gente eles não veem problema algum. Porém contratar jovens estudiosos, capacitados, eles acham uma dificuldade. Todos sabem que a AL hoje não passa de um cabide de emprego mesmo, tendo 4 chefes pra 1 servidor de tanto comissionado que tem.
Reginaldo 01/04/2015
Cabidaço coerente contra o cabide de emprego que virou a AL. Tem gente contratado que mal sabe ligar um computador, mas tem padrinho político e tá lá dentro Chamar quem estudou, respeitar a lei, a AL não faz!!!!! Até quando vamos ver mais sujeira vinda da AL???
Adelaide 01/04/2015
Esta Assembleia é uma podridão só, contrata os apadrinhados politicos pra trabalhar pra eles (e não pra população) e paga o salario deles com o nosso dinheiro. Além disso vão aumentar a verba indenizatória. Vou me juntar com esse povo e fazer um panelaço na AL
Tina 01/04/2015
As vagas previstas no edital já estavam previstas em lei, inclusive as do cadastro de reserva. A única diferença é que as vagas imediatas deveriam ser de provimento imediato, ou seja, os aprovados deveriam ser chamados em no máximo 30 dias. Os aprovados em cadastro de reserva poderiam ser chamados após um prazo maior. Só isso, muito simples, não? Mas a Assembleia deturpa tudo. Primeiro, não chamaram os aprovados em vagas imediatas no prazo devido. Atrasaram em vários meses esses chamamentos. E agora estão querendo fugir da obrigação de chamar os aprovados em cadastro de reserva mesmo havendo as vagas criadas em lei.
Tales 01/04/2015
Maluf diz que só vai chamar os aprovados em cadastro de reserva se houver desistência dos aprovados em vagas imediatas. Mas acontece que há vários cargos que não tinham vagas imediatas, apenas cadastro de reserva (professor, enfermeiro etc). Quem passou nessas vagas então não tem chances de entrar? Esses aprovados fizeram o concurso pra quê, então? Só pra gastar dinheiro com inscrição? Desse jeito ninguém mais vai querer fazer concurso. A pessoa estuda, passa e sai de mãos abanando.
Advogada 01/04/2015
O Presidente deveria se informar melhor sobre o concurso, não sabe quantos foram nomeados, não sabe que nós fomos aprovados dentro do número de vagas criadas por lei e que estão disponíveis no lotacionograma e não sabe que o edital previu 430 vagas e não cento e poucas.
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