Advogado de Taques diz que grupo de Lúdio 'armou' situação de forma grosseira e risível

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Paulo Taques: Não é nem um ‘tiro no pé’, é um ‘tiro no peito’, porque vai ficar claro que é uma farsa

ANA ADÉLIA JÁCOMO
DA REDAÇÃO

Responsável pela coligação “Coragem e Atitude para Mudar”, o advogado Paulo Taques afirmou nesta sexta-feira (19), que o grupo político do candidato a governador Lúdio Cabral (PT), fez uma armação para tentar incriminar o adversário Pedro Taques (PDT) por suposta compra de votos. A suposta atitude foi classificada por ele como “idiota” e “risível”.

“Não é nem um ‘tiro no pé’, é um ‘tiro no peito’, porque vai ficar claro que é uma farsa. Uma armação grosseira. Nunca vi uma armação tão grosseira e risível. Atenta até contra a inteligência do eleitor e da Justiça Eleitoral. Demonstra a mentira, o desespero e a má-fé do candidato do PT”, disse.

Segundo denúncia que deve ser protocolada na próxima semana no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Taques e a candidata a deputada estadual Adriana Vandoni (PDT) teriam cometido o crime eleitoral com a distribuição de comida, bebida e combustível, feita por cabos eleitorais, no Posto Locatelli na noite desta quarta-feira (17). O local tem como proprietário o empresário Aldo Locatelli.

“Estou ansioso para que eles entrem com essa ação, porque em 20 anos que eu advogo em campanha eleitoral, nunca vi uma armação tão idiota quanto essa. Eles alegam que houve patrocínio de um jantar para o eleitor votar em Pedro Taques e Adriana Vandoni. Isso é um absurdo! Esse jantar é um evento que o Aldo faz na sua rede de postos há mais de cinco anos. O posto é um local público. Não pode fazer propaganda politica”, afirmou Paulo Taques.

Para ele, o grupo adversário foi o responsável pela colocação de cartazes dos candidatos, para induzir a Justiça ao erro. Na noite do fato, oficiais de Justiça tinham sido acionados para recolher adesivos de Taques que estavam sem o CNPJ da campanha. O “erro” gráfico teria sido usado como armadilha para que um suposto flagrante fosse feito pelos membros do TRE.

“Eu não sei se aqueles dois cartazes não foram colocados pela própria assessoria do Lúdio. Eu vou me reportar à certidão do oficial de justiça, que fala que encontrou apenas dois cartazes dependurados em árvores e uma placa, informando sobre o evento. Essa é mais uma tentativa de induzir a opinião pública e a Justiça ao erro”, completou ele.

Chumbo trocado

O advogado José Patrocínio, que atua na coligação “Amor a Nossa Gente”, afirmou ao RepórterMT que a principal configuração de crime eleitoral supostamente praticado pelos candidatos seria o uso reconhecido de uma distribuidora de petróleo para atos políticos, que é uma concessão pública.

“Não se distribui petróleo sem autorização da Agência Nacional de Petróleo, ou seja, é vedado qualquer tipo de propaganda política. Não há permissão para realizar nenhum tipo de banquete para fins eleitorais. Isso é crime! Há evidências, fatos comprovados. O próprio Aldo declarou que realiza o jantar há anos. Ninguém nega o jantar. Houve comida, bebida e para completar adesivagem de veículos”, declarou o advogado de Lúdio.

José Patrocínio afirma que no posto foram encontrados dois comitês clandestinos, e que, além disso, teria ficado nítido que parte da frota de três mil caminhões que transportam combustíveis no Estado foram adesivados.

“Carros formados pela frota que transporta os produtos também dependem da autorização do poder publico para rodar. Não pode, não. Vamos ingressar com a AIJE (Ação de Investigação Judicial Eleitoral), e cabe a Justiça verificar os elementos que vamos demonstrar. Vejo a gravidade e a lesividade do ato, por isso peço a cassação das candidaturas”, declarou Patrocínio.

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