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Cuiabá, 08 de Maio de 2024
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14 de Setembro de 2015, 15h:30 - A | A

JUDICIÁRIO / BRIGA DE VIZINHOS

Conselheiro se diz vítima de farsa e abre inquérito policial contra médico

O conselheiro também rebateu as acusações de que tem usado da influência do cargo para obter vantagens ilícitas, porém admite que esteve pessoalmente para tratar do assunto com o procurador-geral do Estado, Paulo Prado.

RAFAEL DE SOUSA
REDAÇÃO



O desentendimento entre o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Antônio Joaquim e o médico Alonso Alves Filho, seu vizinho de fazenda, ganhou mais um capítulo nesta segunda-feira (14). Agora devido uma reportagem veiculada em jornal que circula apenas em Cuiabá e Várzea Grande, em que o médico concedeu nova entrevista afirmando sofrer ameaças do conselheiro que decidiu abrir processo na Vara Criminal de Cuiabá por calúnia, além de pedir medidas protetivas contra o médico.

De acordo com o Antônio Joaquim os desentendimentos com seu vizinho começaram em 2007 quando por duas vezes tentou comprar sua fazenda com o consentimento do rival, porém no dia de fechar o negócio, Alonso teria voltado atrás e triplicado o valor da propriedade.

De acordo com o Antônio Joaquim os desentendimentos com seu vizinho começaram em 2007 quando por duas vezes tentou comprar sua fazenda com o consentimento do rival, porém no dia de fechar o negócio, Alonso teria voltado atrás e triplicado o valor da propriedade. Em outra tentativa feita pelo conselheiro do TCE, o médico teria concordado com a venda, mas não apareceu para fechar o contrato.

Nesta nova fase das desavenças, Antônio Joaquim disse que não teria mais o dinheiro para comprar a propriedade. “Ele está dizendo que quero comprar a fazenda dele, mas eu não quero. Até porque não tenho dinheiro para isso”, desabafa.

“Ele está dizendo que quero comprar a fazenda dele, mas eu não quero. Até porque não tenho dinheiro para isso”, desabafa

O assunto tomou repercussão em 2012, depois que Antônio Joaquim ganhou um processo em 1° e 2° Instância que lhe daria o direito a utilizar uma estrada que corta a fazenda do médico e que dá acesso às suas propriedades, no município de Nossa Senhora do Livramento. Porém, agora o conselheiro disse que a situação ficou insustentável e quer um parecer da Justiça para colocar um ponto final na discussão que já virou pública.

“Há três anos eu estou sendo vítima de uma grande farsa. Primeiro porque ele está afirmando que eu estou invadindo terra e eu nunca precisei invadir terra de ninguém, outra é que eu sou violento, truculento e ameaço as pessoas. Chegou um ponto que eu decidi tomar algumas providências. Na realidade, vou reagir às provocações, por isso entrei com pedido de inquérito policial por danos morais, danos materiais, injúria, calúnia e difamação”, afirmou.

Todas essas afirmações foram feitas por Antônio Joaquim na manhã desta segunda-feira em seu gabinete, na sede do Tribunal de Contas. O conselheiro alegou que não estaria fazendo uso indevido do cargo e local público porque as acusações contra sua pessoa já estariam atingindo sua imagem de fiscalizador de ordem pública.

O conselheiro também rebateu as acusações de que tem usado da influência do cargo para obter vantagens ilícitas, porém admite que esteve pessoalmente para tratar do assunto com o procurador-geral do Estado, Paulo Prado. Porém, a assessoria de imprensa alega que isso ocorreu, mas por meio dos documentos protocolados no MPE. 

O conselheiro também rebateu as acusações de que tem usado da influência do cargo para obter vantagens ilícitas, porém admite que esteve pessoalmente para tratar do assunto com o procurador-geral do Estado, Paulo Prado.

“Fui ao Ministério Público (MPE) e falei com seu Paulo Roberto Prado, que a situação não é mais apenas uma briga entre vizinhos de fazendas. Porque há uma ação continuada orquestrada por esse cidadão e já se tornou uma agressão a minha função de conselheiro. Daqui a alguns meses eu assumo a presidência do TCE e isso tem afetado as minhas condições e trabalho, minha reputação a minha isenção de julgar. Cria uma imagem de que eu sou uma pessoa sem condições”, argumenta o conselheiro.

Antônio Joaquim disse que precisa levar segurança para entrar em sua propriedade. “Isso já está afetando a minha família, minhas filhas e meus netos. As minhas filhas não querem mais ir à fazenda se eu não garantir que vai ter um segurança lá. Elas têm medo. Então o sujeito passou dos limites. É uma coisa descontrolada”, disse.

Há outro pedido de garantia da integridade física. Caso a Justiça aceite, Alonso precisará manter distância do conselheiro e de sua família de pelo menos 500 metros.

OUTRO LADO

O site conseguiu localizar o médico Alonso Alves Filho, no momento disse que estava concedendo entrevista a outros jornalistas, mas prometeu dar sua versão do fato.

 

 

 


 

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