RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO
O governador Mauro Mendes (DEM) falou, na manhã desta segunda-feira (1º), sobre a polêmica decisão que vetou o uso da Arena Pantanal como palco da festa de aniversário de 300 anos de Cuiabá, realizada pela Prefeitura Municipal.
Mauro afirmou que nunca foi contra o evento, mas que a proibição foi uma medida técnica já que o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) não deu garantias práticas de que o gramado do estádio não seria danificado.
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“Sempre fui favorável à utilização, entretanto, o espaço é prioritário para o futebol. Nós temos no dia 7 de abril um calendário do Campeonato Estadual que está em curso. Na sequência, um time da Capital começa a disputar o Campeonato Brasileiro da série B e eu precisava de garantias absolutas que a grama não seria afetada. Nunca nos deram essa garantia e não nos trouxeram nada que pudesse comprovar que teríamos a qualidade garantida”, respondeu.
"Eu precisava de garantias absolutas que a grama não seria afetada. Nunca nos deram essa garantia e não nos trouxeram nada que pudesse comprovar que teríamos a qualidade garantida”, afirmou Mauro.
O governador destacou ainda o veto foi uma recomendação do Ministério Público Estadual (MPE) e da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF). Além disso, a FMF já havia reservado a arena para os jogos sendo que a Secretaria dos 300 anos não tem nenhum documento que garantisse a utilização do espaço no mesmo período.
“A federação não abriu mão dessa data e ela tinha preferência em usar o Estádio construído para o futebol. Ela tinha essa reserva, com a Secretaria não tem nenhum documento que garantisse a realização desse evento. Então a decisão foi técnica e, inclusive, com recomendação do Ministério Público”, revelou.
Sem conseguir o espaço e contrariado, no último dia 21, o prefeito Emanuel Pinheiro foi para as redes sociais com o argumento de que o individualismo de alguns setores causou o cancelamento do evento.
“Desta vez não trago boas notícias, mas necessárias. [...] infelizmente comunico o cancelamento do Festival 300 anos que seria realizado na Arena Pantanal. Em virtude do individualismo de alguns setores, a nossa Capital não será mais presenteada com aquela linda festa, um momento emblemático que tanto sonhei para a nossa população”, disse Emanuel.
Na gravação, o prefeito explicou que há oito meses vinha organizando a festa que seria custeada 100% pela iniciativa privada. O evento contaria com shows nacionais do Jota Quest, Zezé Di Camargo e Luciano, Leonardo e Chitãozinho e Xororó, além de celebração cristã, projeção mapeada que contaria a história de Cuiabá, e shows gospel de Fernandinho e do padre Alessandro Cowboy.
“Demos todas as garantias, mas não foram suficientes. Olha que a Arena Pantanal foi criada para ser uma arena multiuso e não só um palco futebolístico como funciona todas as arenas no Brasil inteiro”, argumentou (veja o caso completo aqui).