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18 de Maio de 2017, 09h:43 - A | A

PODERES / "GRAMPOS" BOMBA

Deputados querem ouvir promotores e chefe da Casa Militar sobre escutas ilegais

Os deputados também devem fazer visitas ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso e ao Ministério Público do Estado, de onde partiram as autorizações paras as escutas telefônicas.

CAROL SANFORD
DA REDAÇÃO



Os deputados estaduais vão chamar os promotores de Justiça, Mauro Zaque e Fábio Galindo, e o chefe da Casa Militar do Estado, Evandro Lesco, para esclarecer a denúncia do esquema de escutas ilegais, monitoradas pela Polícia Militar de Mato Grosso.

Os deputados também devem fazer visitas ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso e ao Ministério Público do Estado, de onde partiram as autorizações para as escutas telefônicas.

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A ideia dos parlamentares é ter acesso à lista completa dos “grampeados”, uma vez que ainda paira a dúvida de que aliados ao Governo Pedro Taques (PSDB) tiveram os telefones interceptados. Até o momento apenas a deputada Janaina Riva (PMDB) consta na lista.

“Ouvimos do governador que nenhum aliado teve os telefones interceptados, mas é claro que se tivermos acesso à lista e ficar constatado que há aliados nela, os deputados se sentirão enganados”, comentou o deputado Oscar Bezerra (PSB).

“Ouvimos do governador que nenhum aliado teve os telefones interceptados, mas é claro que se tivermos acesso à lista e ficar constatado que há aliados nela, os deputados se sentirão enganados”, comentou o deputado Oscar Bezerra (PSB).

O presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (PSB), também defende que seja feito o convite aos envolvidos no esquema.

“Já estamos trabalhando para trazer luz às denúncias apontadas. Os parlamentares defendem que possamos ouvir os promotores que naquele momento respondiam pela Secretaria de Segurança”, disse Botelho.

Mauro Zaque e Fábio Galindo fizeram a denúncia quando ainda eram secretário e adjunto de Segurança Pública do Estado. Segundo a denúncia, políticos, advogados, empresários e jornalistas tiveram os telefones "grampeados" clandestinamente, entre 2014 e 2015, sob alegação de uma investigação de tráfico de drogas.

O líder do Governo na Assembleia, Dilmar Dal Bosco (DEM), acredita não ser necessária a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para que se convoque os envolvidos.

“Queremos entender toda a situação, por isso, pedimos ao presidente para fazer as reuniões com os promotores e outros que forem necessários. Também que façamos visitas ao Ministério Público e Tribunal de Justiça. Depois de ouvir todos os lados teremos conteúdo para fazer uma avaliação e, então, decidir se existe a necessidade de instalar ou não uma CPI”, pontuou Dilmar.

O chefe da Casa Militar, coronel Evandro Lesco, foi citado pelos parlamentares durante a sessão noturna da última quarta-feira (17). Ele estaria envolvido na compra de equipamentos de escutas telefônicas, em 2015, destinados ao Comando Geral da PM. O coronel também tem sob sua chefia o cabo Gerson Luiz Ferreira, a quem foi dada autorização judicial para acessar todos os dados dos “grampeados” no esquema.

As reuniões com os envolvidos e as instituições ainda não foram marcadas pelos parlamentares. Mas a expectativa é de que ocorram na próxima semana.

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