CAROL SANFORD
DA REDAÇÃO
Documentos obtidos pelo , a respeito da denúncia do esquema de escutas clandestinas em Mato Grosso, apontam que o atual chefe da Casa Militar, coronel Evandro Alexandre Lesco, comprou em seu nome, dois aparelhos que podem ser utilizados em interceptações telefônicas, em maio de 2015.
À época, Lesco era secretário-adjunto de Segurança Governamental da Casa Militar e, segundo a nota fiscal, os equipamentos foram enviados para o endereço do Comando-Geral da Polícia Militar, na Avenida Historiador Rubens de Mendonça.
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Ao total, a compra dos aparelhos custou R$ 24 mil.
O comandante-geral da PM, Jorge Luiz de Magalhães, afirmou, em comunicado, que a utilização de aparelhos de interceptações telefônicas só podem ocorrer por meio de um termo de cooperação técnica firmado entre a Polícia Militar, através da Secretaria de Segurança Pública (Sesp), e o Ministério Público do Estado, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
A compra de equipamentos também só poderia ser feita pela Sesp. “Não existindo a possibilidade de uso ‘avulso’ do equipamento”, afirmou o chefe da PM.
Conforme o documento, foi adquirido um “servidor de aplicação tipo rack 2U INM X 3650”, ao valor de R$ 8,5 mil, aparelho que serve para a realização de escutas telefônicas. O outro equipamento, um “módulo GSM 16 canais tipo rack”, serve para fazer gravações e custou R$ 15,7 mil.
RpMT/Reprodução
Cópia da nota fiscal obtida pelo RepórterMT da compra de equipamentos de escutas telefônicas
Na Casa Militar, Evandro Lesco é o chefe dos três policiais que possuíam autorização judicial para acesso aos dados cadastrais dos telefones interceptados.
Entre os agentes, está o cabo Gerson Luiz Ferreira Correa Junior, que foi o autor dos pedidos à Justiça, para incluir os nomes de políticos, jornalistas, médicos e advogados em uma investigação de envolvimento de PMs em tráfico de drogas, mesmo sem qualquer indício de participação deles nos crimes.
Lesco foi nomeado para a Casa Militar em março de 2015, e Gerson, em julho de 2016. Antes, os dois atuaram juntos no Gaeco.
O esquema de escutas ilegais, conhecido como “barriga de aluguel”, ocorreu entre outubro de 2014 e agosto de 2015 e foi denunciado pelo promotor de Justiça, Mauro Zaque, que era secretário de Segurança Pública.
O governador Pedro Taques (PSDB) afirmou que nunca recebeu a denúncia e citou que o número de protocolo feito por Mauro Zaque é referente à obras de infraestrutura para a região de Juara, argumentando que o documento pode ter sido fraudado.
Inquérito
O comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel Jorge Luiz de Magalhães, determinou na segunda-feira (15), a instauração de um Inquérito Policial Militar para apurar as denúncias de desvio de conduta, atribuídos a militares na utilização do sistema 'Guardião', por onde teriam sido monitoradas as escutas ilegais.
O comandante-geral da PM esclareceu que desconhece o uso indevido do sistema e explicou que seu emprego é legal, ocorrendo somente mediante autorização judicial, e que todos os dados que constam no sistema são plenamente auditáveis, o que facilita as investigações.
O IPM terá prazo de 40 dias, podendo ser prorrogado por mais 20 dias.
BRUTUS 16/05/2017
ESSE AI CARNE E UNHA DO CEL BIGODE
BRUTUS 16/05/2017
ATE TU BRUTUS.................
2 comentários