RAFAEL MACHADO
DA REDAÇÃO
Os desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) retomam nesta quinta-feira (14) o julgamento do recurso solicitado pela defesa do deputado estadual Mauro Savi (DEM) na tentativa de reverter a prisão preventiva do parlamentar, que está preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), desde o dia 9 de maio, após a deflagração da Operação Bônus, relativa à segunda fase da Operação Bereré.
Na última sessão, 16 dos 30 desembargadores que compõem o Pleno votaram contra a soltura do deputado. O julgamento do recurso não seguiu devido ao pedido de vista do desembargador Marcos Machado.
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No agravo, a defesa alega que Savi não participou dos atos ilícitos denunciados pelo Ministério Público do Estado (MPE) e que há "incongruência nas afirmações do órgão acusador, que vieram assentadas nos depoimentos dos colaboradores premiados".
A defesa ainda afirma que não há motivação para a manutenção da prisão, porque não há possibilidade de ele interferir nas investigações.
No mérito, o desembargador José Zuquim Nogueira, relator do pedido, defendeu a necessidade da manutenção, em razão de ainda persistirem os motivos que justificam a prisão do parlamentar.
Segundo investigações do MPE, o parlamentar seria o líder de uma organização que teria desviado dinheiro público por meio do contrato entre o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) com a EIG Mercados, antiga FDL, entre os anos de 2010 e 2015.
Outras tratativas
Nesta terça-feira (12), a ministra Maria Thereza de Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do deputado. Além desse recurso, a ministra também é relatora do pedido de habeas corpus ingressado pela Assembleia Legislativa que ainda não foi julgado.
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