DA REDAÇÃO
O secretário de Fazenda, Rogério Gallo projeta que o Comitê de Recuperação de Ativos (Cira) no Combate à Sonegação Fiscal irá recuperar cerca de R$ 350 milhões aos cofres públicos até o final do ano. O total previsto até o final da gestão e de R$ 5 bilhões.
A previsão foi feita na segunda-feira (29), durante a assinatura do termo de cooperação, entre o Governo e o Ministério Público, que visa fortalecer as ações do órgão que foi criado em 2015, durante a gestão Pedro Taques (PSDB).
Gallo explica que boa parte do dinheiro será usado para o custeio da máquina pública, como o pagamento de salários dos servidores e dívidas com fornecedores.
No ano passado, inclusive, os recursos do Cira foram utilizados para pagar uma das parcelas da dívida dolarizada com o Bank Of América, que agora foi alongada por mais 20 anos pelo Estado.
Gallo detalhou que o Cira funciona com uma espécie de entidade que, num primeiro momento, visa estabelecer um acordo extrajudicial com as empresas sonegadoras de impostos. A estratégia é para que o processo não se arraste por anos na Justiça e que as partes possam chegar a um acordo amigável.
Caso não seja possível, o Cira então resolve atuar numa segunda frente que é executar os devedores, em uma ação conjunta com o Ministério Público, que poder culminar em operações para prender empresários e outras pessoas envolvidas em crimes contra o fisco estadual.
Além do Governo e do MPE, o Cira é composto por membros da Secretaria de Segurança Pública, Fazenda, Procuradoria Geral do Estado, Polícia Civil e Conselho Econômico da Governadoria.