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Cuiabá, 26 de Abril de 2024
26 de Abril de 2024

03 de Março de 2020, 16h:58 - A | A

PODERES / INOCENTADA NO CNJ

Selma se livra de acusação de ‘parcialidade’ em decisões que envolviam políticos

Pedido no Conselho Nacional de Justiça foi feito pelo ex-secretário e advogado Francisco Faiad, preso em uma das operação do MP por ordem da então juíza

RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO



O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) inocentou, por unanimidade, a juíza aposentada Selma Arruda, em sessão desta terça-feira (03). Ela era acusada de ser parcial nas decisões e de usar cargo público para autopromoção.

Selma, agora senadora cassada, teve a representação no CNJ feita pelo ex-secretário e advogado Francisco Faiad. Caso passasse no CNJ, decisão poderia complicar sua aposentadoria.

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Quando juíza, ela ganhou notoriedade por mandar para a cadeia 'barões da corrupção' e figuras políticas de grande influência, como o ex-governador Silval Barbosa. 

Ele juntou no processo várias matérias jornalísticas, de sites de notícias, com declarações da então magistrada que, na análise dele, eram parciais.

O julgamento do processo no CNJ começou no dia (25) de fevereiro, mas foi suspenso após a conselheira Candice Galvão Jobim pedir vista.

“Pedi vistas para melhor analisar os fatos e, ao final, não vislumbro motivos para divergir do voto do ilustre relator. O reclamante apontou episódios em que Selma se manifestou sobre processos em andamento e ofendeu a classe advocacia. Ao meu sentir, os fatos relatados não merecem avançar do CNJ”, apontou Jobim em seu voto.

Ela ainda afirmou que leu todas as reportagens em que Faiad alega que Selma deu declarações parciais.

“As manchetes prendiam a atenção do leitor com chamadas de impacto, mas a leitura do conteúdo não indica pré-julgamento de processos judiciais em andamento”, ressaltou.

 Após o voto de Candice, o ministro presidente do CNJ, ministro Dias Toffoli, negou o recurso de Faiad e arquivou o processo.

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