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Cuiabá, 26 de Abril de 2024
26 de Abril de 2024

26 de Janeiro de 2017, 18h:00 - A | A

PODERES / DESVIOS NA ASSEMBLEIA

Riva volta a depor em fevereiro sobre esquema com Arcanjo

Além do presidente do Legislativo, foi arrolado na ação penal o ex-conselheiro Humberto Bosaipo, do Tribunal de Contas do Estado

FRANCISCO BORGES
DA REDAÇÃO



Um novo depoimento do ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (sem partido), foi marcado pela juíza Selma Rosane Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, para o dia 24 de fevereiro.

O depoimento é referente à ação penal derivada da Operação Arca de Noé, deflagrada em 2002 pela Polícia Federal (PF), com o objetivo de desarticular o crime organizado no Estado de Mato Grosso.

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“Impulsiono estes autos com a finalidade de intimar a defesa dos acusados para (...) a audiência para proceder a novo interrogatório do acusado José Geraldo Riva, designada para o dia 24 de fevereiro de 2017, às 13h30”, diz trecho da intimação, publicada no Diário da Justiça Eletrônico.

O depoimento do ex-deputado contará com as presenças dos demais acusados e suas defesas. Além de José Riva, é arrolado na ação penal o ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Humberto Bosaipo.

Segundo a denúncia do Ministério Público, quando era presidente da Assembleia, Riva, "em conluio" com o então primeiro-secretário, Humberto Bosaipo, autorizou emissões de cheques para empresas fantasmas que sequer prestaram serviços e que foram descontados em factorings de bicheiro João Arcanjo Ribeiro.

Arcanjo já foi condenado por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema financeiro, sonegação fiscal e mandante de assassinatos. Hoje, ele cumpre pena por homocídios na Penitenciária Federal de Mossoró (RN).

Ainda conforme o MPE, o dinheiro arrecadado com o esquema no Legislativo cuiabano seria para pagar dividas de campanha eleitoral de Riva e outros “apadrinhados”, ao mesmo tempo em que "favorecia o enriquecimento ilícito de agentes políticos, públicos e empresários". 

Durante a operação da PF, vários cheques com altos valores foram apreendidos.

Os documentos figuraram como "provas contundentes" de que Riva era o líder do esquema na Assembleia Legislativa.

Segundo o MPE, durante várias rodadas de audiências feitas com testemunhas, demais acusados e os principais réus, notou-se que toda a ação criminosa sobre a emissão de cheques teria necessariamente que passar pelas mãos de Riva.

Mais tarde, esses valores voltavam em espécie para o então presidente do Legislativo.  

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