Perri pede 8 vagas em prisões federais para transferir PMs acusados de 'grampos'

RepórterMT

O desembargador Orlando Perri quer enviar todos os presos envolvidos em escutais ilegais para fora do Estado.

RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO

O relator do processo que investiga o escândalo dos grampos ilegais operado no Núcleo da Polícia Militar, desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), solicitou oito vagas em presídios de segurança máxima de Mato Grosso do Sul, na tarde desta quarta-feira (26). 

As vagas são para as transferências dos coronéis Zaqueu Barbosa, Evandro Lesco e Ronelson Barros e para o cabo da PM, Gerson Luiz Ferreira, todos presos por envolvimento no esquema chamado de “barriga de aluguel”, que interceptou números de advogados, jornalistas, políticos e empresários, entre os anos de 2014 e 2015.

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De acordo com a assessoria de imprensa do TJMT, caso o pedido seja negado, a mesma solicitação será enviada para outros Estados.

Se confirmada a vaga, o cabo da PM Gerson Ferreira será o primeiro a ser transferido. A decisão foi tomada depois que a Justiça descobriu que presos estavam tendo privilégios nas cadeias militares de Cuiabá.

Uma das denúncias seria de que o cabo teria saído da prisão para “tomar uma cerveja” na Boate Crystal. Além disso, Gerson teria acesso a computador e celular com internet e, no dia 19 de junho, teria enviado um e-mail para um colega, cobrando um suposto débito. Os presos também estariam recebendo visitas de investigados no esquema. 

Enquanto, aguardam a decisão do pedido de transferência, o ex-comandante-geral da PM, Zaqueu Barbosa, continua preso na Escola Superior de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Esfap), e o secretário e adjunto, ambos afastados da Casa Militar, Evandro Lesco, na Academia de Polícia Militar do Costa Verde, em Várzea Grande, e Ronelson Barros, no Bope (Batalhão de Operações Especiais), respectivamente. Já o cabo Gerson Ferreira foi transferido da sede da Rotam para o Centro de Custódia da Capital, na terça-feira (25).