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Cuiabá, 06 de Maio de 2024
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27 de Março de 2019, 16h:38 - A | A

PODERES / AUDIÊNCIAS DESMARCADAS

Pedido de suspeição contra Selma suspende processo da Operação Sodoma

Decisão atende a pedido do ex-secretário de administração, Francisco Faiad acusado de corrupção, junto com o ex-governador Silval Barbosa.

MARCIO CAMILO
DA REDAÇÃO



O desembargador Pedro Sakamoto, do Tribunal de Justiça, suspendeu as audiências da ação penal oriunda da 5ª fase da Operação Sodoma, por causa de um pedido de suspeição do advogado e ex-secretário de Administração Francisco Faiad, contra a ex-juíza da Sétima Vara Criminal, Selma de Arruda, hoje senadora por Mato Grosso pelo PSL.

Enquanto magistrada, Selma aceitou a denúncia do Ministério Público Estadual contra Faiad de liderar um esquema, juntamente com o ex-governador Silval Barbosa, para fraudar licitações na Secretaria de Estado de Administração (SAD) para o fornecimento de combustível à Secretaria de Transporte e Pavimentação Urbana (Setpu), atual Sinfra.     

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Faiad afirma que Selma possui uma rixa pessoal contra ele, além de ter supostamente usado o processo da Sodoma como trampolim para a sua carreira política.

O processo ainda está na fase de instrução e as primeiras audiências para ouvir os réus estavam marcadas para os próximos dias 10, 11 e 12 de abril.

No entanto, o desembargador Sakamato determinou a paralisação de todo o processo até que o Tribunal de Justiça julgue o mérito do pedido de suspeição de Faiad contra Selma.

“Considerando o acórdão proferido pela Segunda Câmara Criminal no julgamento do Agravo Regimental n.º 73546/2018, que determinou a continuidade do processamento da vertente exceção, restabeleço o efeito suspensivo do feito, determinando o sobrestamento da Ação Penal n.º 233830-44.2013.8.11.0042, em trâmite no Juízo da 7ª Vara Criminal da Capital, em relação ao excipiente Francisco Anis Faiad, até o julgamento deste incidente”, destacou o magistrado.

Além de Faiad e Silval são réus na ação: César Roberto Zílio, ex-secretário estadual de Administração e Silvio Cezar Côrrea, ex-chefe de gabinete de Silval.

As investigações da Operação Sodoma, comandas pela Polícia Civil, apontam que os réus atuaram para fraudar uma licitação para beneficiar as empresas Marmeleiro Auto Posto LTDA e Saga Comércio Serviço Tecnológico e Informática LTDA, que teriam recebido R$ 300 milhões dos cofres públicos entre os anos de 2011 a 2014.

Por terem sido favorecidas, as empresas teriam retornado mais de R$ 8 milhões à organização criminosa montada no Governo do Estado.

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