facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 06 de Maio de 2024
06 de Maio de 2024

04 de Agosto de 2017, 11h:00 - A | A

PODERES / CITADO EM DEPOIMENTO

Maggi diz que delação de Silval à PGR é mentirosa e criminosa

O ministro, segundo Silval Barbosa, tentou obstruir as investigações da Operação Ararath que apura pagamento ilegal de precatórios.

RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO



O ministro da Agricultura, senador licenciado Blairo Maggi (PP) classificou como “mentirosas, levianas e criminosas”, as supostas acusações do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), feitas contra ele, em delação premiada, na qual teria relatado que o ministro, enquanto governador de Mato Grosso, teria montado um esquema para liberar dinheiro de precatórios (dívidas decorrentes de sentenças judiciais) estaduais com o objetivo de comprar apoio de deputados, conforme publicou o jornal Folha de S. Paulo. 

Por meio de nota emitida à imprensa, Blairo declarou que as acusações “causam estranheza e indignação”.

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

Em depoimento, no acordo de delação premiada, Silval teria relatado aos procuradores da República, segundo o jornal Folha de São Paulo, uma suposta tentativa de Maggi de obstruir a Justiça em relação à Operação Ararath, apelidada de Lava Jato pantaneira.

A ação foi deflagrada em 2010 para investigar o pagamento de precatórios. O então governador teria autorizado o pagamento de cerca de R$ 260,6 milhões em precatórios para a Construtora Andrade Gutierrez e, com isso, abastecer um esquema de compra de apoio de parlamentares, como também teria afirmado o ex-deputado José Riva, citado como delator na reportagem  (veja aqui)

“Causam estranheza e indignação que possíveis acordos de colaboração, muitos ainda não homologados, coloquem em dúvida a credibilidade e a imagem de figuras públicas que tenham exercido com retidão, cargos na administração pública”, diz trecho da nota.

Maggi garante que durante seu Governo nunca realizou qualquer movimento e/ou ação “para obstruir a Justiça ou atrapalhar investigações. Essa afirmação é mentirosa, leviana e criminosa”.

O ministro alega desconhecer qualquer relação comercial entre a Andrade Gutierrez e a empresa Piran Participações, do empresário Valdir Piran, também investigadas em outras operações no âmbito estadual.

“Nunca participei de qualquer reunião com fins espúrios, seja como governador ou em qualquer outra função que já desempenhei nas iniciativas públicas ou privadas”.

O pagamento de precatórios à Andrade Gutierrez, segundo Maggi, foi “absolutamente legal, com atuação dos órgãos consultivos da estrutura do Governo do Estado de Mato Grosso, e de acordo com os procedimentos exigidos”. 

O progressista encerra a nota afirmando que lamenta os ataques à sua reputação.

Nota de esclarecimento

Deixo claro, desde já, que causa estranheza e indignação que  possíveis acordos de colaboração, muitos ainda não homologados, coloquem em dúvida a credibilidade e a imagem de figuras públicas que tenham exercido com retidão, cargos na administração pública. Mesmo assim, diante dos questionamentos, vimos a público prestar os seguintes esclarecimentos:

1. Nunca houve ação, minha ou por mim autorizada, para obstruir a justiça ou atrapalhar as investigações. Essa afirmação é mentirosa, leviana e criminosa.

2. O rito obedecido no caso dos pagamentos de precatórios à Andrade Gutierrez foi absolutamente legal, com atuação dos órgãos consultivos da estrutura do governo do Estado de Mato Grosso, e de acordo com os procedimentos exigidos. 

3. O destino dos recursos já no âmbito da iniciativa privada não é da alçada de um governador de Estado, de modo que desconheço, em absoluto, qualquer relação comercial entre a Andrade Gutierrez e a empresa Piran Participações.

4. Nunca participei de qualquer reunião com fins espúrios, seja como governador ou em qualquer outra função que já desempenhei nas iniciativas públicas ou privadas.

5. Jamais utilizei de meios ilícitos na relação entre o Poder Executivo e a Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso. Sempre respeitei o papel constitucional das Instituições e pautei a relação harmônica entre os poderes sobre os pilares do respeito à coisa pública e à ética institucional; 

6. Por fim, entendo ser lamentável os ataques a minha reputação, mas estou com a consciência tranquila e assim que tiver acesso ao teor da possível delação usarei de todos os meios legais necessários para me defender, pois definitivamente acredito na Justiça. O momento exige serenidade e responsabilidade. 

Blairo Maggi

Comente esta notícia

Armindo de Figueiredo Filho Figueiredo 04/08/2017

QUE BELÍSSIMA MATÉRIA!!!! Antes, eram dois confidentes... Inseparáveis no linguajar simples..... "CARNE E UNHA"... Tanto que um se fez sucessor do outro... E AGORA???? Agora..., parece que um tomou punhaladas na costa. Vai haver um duelo entre gladiadores. Assistiremos de camarote onde isso tudo vai dar........ LAMENTÁVEL!!!!!!! Está dado o RECADO.......

positivo
0
negativo
0

pedro 04/08/2017

Quem é mais mentiroso, Blairo ou Temer?

positivo
0
negativo
0

2 comentários

1 de 1