facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 26 de Abril de 2024
26 de Abril de 2024

31 de Maio de 2017, 15h:06 - A | A

PODERES / "GRAMPOS" BOMBA

Desembargador cita prisão de juiz Lalau para negar soltura a Zaqueu

O desembargador do Tribunal de Justiça, Paulo da Cunha, afirmou que tanto no caso da prisão do juiz do Trabalho de São Paulo, Nicolau dos Santos Neto, o Lalau, quando no caso do coronel Zaqueu Barbosa, a credibilidade da Justiça esteve abalada.

CAROL SANFORD
DA REDAÇÃO



O desembargador do Tribunal de Justiça, Paulo da Cunha, citou a prisão do ex-juiz do Trabalho de São Paulo, Nicolau dos Santos Neto, o “Lalau”, como um dos argumentos para manter a prisão preventiva do ex-comandante-geral da Polícia Militar, coronel Zaqueu Barbosa, envolvido no esquema de escutas clandestinas, monitoradas pela PM.

“Refiro-me ao Habeas Corpus n. 80717-SP, em que se discutia a legalidade de prisão preventiva imposta a magistrado aposentado, acusado de desvio milionário em detrimento de órgão do Poder Judiciário”, apontou o desembargador, explicando que o caso tramitou no Supremo Tribunal Federal (STF), que validou a prisão do então juiz sob o argumento de garantir a credibilidade da Justiça.

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

Segundo Cunha, no entanto, se naquele caso “a credibilidade do Poder Judiciário esteve abalada, quem dirá na hipótese dos autos, em que o Ministério Público e o Poder Judiciário foram, em tese, induzidos a erro, com a finalidade de se obter a invasão de privacidade de diversas pessoas, algumas inclusive com prerrogativas de foro, para atender interesses pessoais ilícitos”.

O desembargador negou o habeas corpus a Zaqueu na terça-feira (30). O coronel está preso na sede do Batalhão de Operações Especiais (Bope), desde o último dia 23 de maio.

Zaqueu foi apontado pelo juiz da 11ª Vara Criminal de Cuiabá, Marcos Faleiros, como o mandante do esquema “barriga de aluguel”, que interceptou ilegalmente pela PM, telefones de políticos, advogados, membros do Judiciário, jornalistas e empresários, durante os anos de 2014 e 2015.

O magistrado aposentado

Lalau foi condenado pelo desvio de cerca de R$ 170 milhões durante a construção do Fórum Trabalhista de São Paulo na década de 1990. À época ele era presidente do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de São Paulo.

Ele foi preso em 2000, e recebeu indulto pleno, concedido aos presos com mais de 60 anos que tenham problemas de saúde e já cumpriram mais de um terço da pena, sendo solto em 2014.

Leia mais

Justiça nega liberdade de Zaqueu, preso por grampear celulares

Comente esta notícia