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21 de Junho de 2017, 12h:44 - A | A

PODERES / R$ 100 MILHÕES

Botelho diz que vai passar ‘pente fino’ em convênio com a Faespe

O convênio assinado entre a Assembleia Legislativa e a Faespe é de prestação de serviços administrativos e tem como valor total R$ 100 milhões.

CAROL SANFORD
DA REDAÇÃO



O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (PSB), afirmou nesta quarta-feira (21) que determinou a abertura de uma auditoria interna para investigar o contrato firmado com a Faespe (Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual), alvo da Operação Convescote, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

“Determinei uma tomada de contas especial no contrato firmado para saber o que eles prestaram de serviço. Vamos levantar tudo. Se realmente teve prestação de serviço, o que eles fizeram, o que não fizeram. Vamos passar um ‘pente fino’ em cima desse contrato”, disse Botelho.

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O convênio assinado entre a Assembleia e a Faespe é de prestação de serviços administrativos e tem como valor total R$ 100 milhões. Entre os anos de 2015 e 2016, o Legislativo pagou à fundação R$ 50,2 milhões.

“Determinei uma tomada de contas especial no contrato firmado para saber o que eles prestaram de serviço. Vamos levantar tudo. Se realmente teve prestação de serviço, o que eles fizeram, o que não fizeram. Vamos passar um ‘pente fino’ em cima desse contrato”, disse Botelho.

Quando assumiu a presidência da Casa, Botelho contou que buscou rescindir o contrato com a Faespe, que alegou ainda ter crédito de serviços prestados a ser quitado de R$ 17 milhões e, por isso, não concordou com a anulação do convênio.

“Ainda estamos checando se existe essa dívida que eles alegam. Se realmente existir, teremos que pagar, mas antes vamos levantar todos os números”, explicou o presidente do Legislativo.

O parlamentar argumentou que mesmo com a dívida está buscando romper o convênio unilateralmente.

“Estou insistindo nisso, porque não vamos continuar com um contrato em que pairam dúvidas sobre ele”, comentou.

Botelho também defendeu que a tomada de contas seja feita em parceria com o Ministério Público do Estado (MPE), uma vez que o órgão possui mais informações a respeito dos desvios de recursos promovidos pela organização criminosa presa na operação.

“Vamos aguardar também mais informações do Ministério Público, que tem mais propriedade do que nós na investigação. Mas, se ela começou agora tem que se apurar tudo até o final, não pode pairar dúvida nenhuma a esse respeito”, defendeu o deputado.

Operação Convescote

O Gaeco investigou o esquema de corrupção, através contratos de convênio com a Faespe (Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual) e empresas fantasmas, junto a órgãos públicos.

A operação culminou na prisão de onze pessoas e condução coercitiva de outras quatro, na terça-feira (20).

Segundo o Gaeco, integrantes da organização criminosa conseguiram desviar dos cofres do Tribunal de Contas do Estado (TCE), da Assembleia Legislativa e da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Prefeitura de Rondonópolis, nos anos de 2015 e 2016, R$ 3 milhões por meio de empresas de ‘fachada’, usadas pela Faespe.

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