RAFAEL MACHADO
DA REDAÇÃO
Ao deixar o comando da Procuradoria Geral de Cuiabá para assumir, exclusivamente, a área da Saúde, o secretário Luiz Antônio Possas de Carvalho revelou que notificou o Governo do Estado para que, no prazo de 72 horas, apresente uma proposta para quitar uma dívida, no valor de R$ 68 milhões, com o Município.
Caso, o Executivo estadual não dê resposta nesse período, a Prefeitura deve entrar com ação de cobrança na Justiça.
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“O último ato meu como procurador do município foi notificar o Estado na sexta-feira [30 de agosto] para que pague os R$ 68 milhões e já deixei pronta uma ação se, no prazo de 72 horas, não oferecer uma negociação, seja em parcelas, ou à vista, ou qual for a melhor maneira que o estado entender, a gente vai judicializar essa dívida”, disse Possas durante coletiva nesta terça-feira (03).
Ele explicou que o montante se refere a repasses do teto Financeiro de Média e Alta Complexidade (MAC). Por mês, segundo o secretário, o estado recebe o valor do Governo Federal que deve encaminhar ao município.
No entanto, esse recurso não chegou aos cofres da prefeitura nos últimos dois anos de gestão do ex-governador Pedro Taques (PSDB).
“Um repasse mensal do Teto Mac com o município isso dá uns R$ 3,1 milhões por mês. Serviços prestados pelo município que tem que ser repassado. Ele [Governo do Estado] recebe do Governo Federal esse dinheiro. O Estado recebeu e não repassou”, disse.
Durante a coletiva, ele ressaltou que o governo de Mauro Mendes (DEM) tem feito o repasse em dia, mas, mesmo assim irá cobrar do atual governador a dívida deixa por Taques.
Possas ainda frisou que o próximo procurador-geral do município, Marcus Brito, deve judicializar outra ação para cobrar R$ 82 milhões referente à emenda parlamentar destinada para compra de equipamentos do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC).
Ele contou que em 2017, o Estado usou o dinheiro para regularizar os repasses na área da Saúde dos municípios, como a obra do HMC ainda estava em execução, o Município autorizou o uso, desde que o Estado repasse futuramente o valor.
Por isso, foi feito um acordo em que o Governo devolveria o dinheiro em 23 parcelas, o que, segundo o secretário, não aconteceu.