RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO
O ex-candidato ao Senado e atual chefe do Escritório de Representação de Mato Grosso (Ermat), Carlos Fávaro (PSD) disse não ter dúvidas de que a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que cassou, por unanimidade, o mandato da juíza aposentada e senadora Selma Arruda (PSL), por crime de caixa 2 durante a campanha eleitoral do ano passado, terá impacto no julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Fávaro, que já admitiu ser candidato em caso de novas eleições para o cargo, acredita que o entendimento do TSE também será pela cassação de Selma.
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“O processo de cassação, aceito por unanimidade, demonstra que não houve dúvidas de nenhum dos membros [quanto às provas] e isso transmite ao TSE a convicção baseada nos fatos, nas provas do processo em que houve abuso de porder econômico, campanha extemporânea, caixa 2 e portanto não há outra decisão a não ser a cassação”, argumentou.
“O processo de cassação aceito por unanimidade demonstra que não houve dúvidas de nenhum dos membros [quanto às provas] e isso transmite ao TSE a convicção baseada nos fatos, nas provas do processo em que houve abuso de poder econômico, campanha extemporânea, caixa 2 e portanto não há outra decisão a não ser a cassação”, argumentou.
O ex-candidato aponta que além dessa condenação, Selma Arruda também teve as contas reprovadas pelo TRE, em fevereiro passado, o que reforça os supostos crimes.
“Não tenho dúvidas de que a decisão por unanimidade no TRE-MT vai ajudar na condenação no TSE, porque não é apenas uma condenação. Em fevereiro as contas da senadora também foram reprovadas por unanimidade e quando é por unanimidade, é porque não houve dúvida de nenhum dos membros do tribunal”, lembrou.
Fávaro avalia ainda que a análise da Corte Superior deve ocorrer em no máximo um ano, como determina uma resolução interna. Atualmente, o processo está em fase de embargo de declaração no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso.
“Nesse sentido, acho que a Justiça está sendo eficiente, justa, sem corporativismo, está cumprindo seu papel. Quero crer que mais uma vez vamos mostrar que o Brasil mudou e que a lei serve para todos”, avaliou.
O ex-candidato ao Senado declarou que a ação não trata de uma questão pessoal, mas sim a reparação de uma injustiça.
“Não é uma questão pessoal e nem por não aceitar o resultado das urnas, mas para ver a legalidade. Trabalhei de forma correta, cumpri a legislação, inclusive, nessa semana as minhas contas foram levadas ao Pleno do Tribunal Regional Eleitoral e aprovadas, demonstrando que fiz uma campanha dentro das regras, dentro das leis e, por isso, não posso ser prejudicado por alguém que queimou a largada, começou a campanha antes da hora, que teve gastos excessivos, com abuso de poder econômico e caixa 2 comprovado. Isso não é justo com o quase meio milhão de mato-grossenses que votaram em mim. Não é justo inclusive com os eleitores que acreditaram que a senadora cassada estava fazendo a coisa certa”, explicou.
“Não é uma questão pessoal e nem por não aceitar o resultado das urnas, mas para ver a legalidade. Trabalhei de forma correta, cumpri a legislação, inclusive, nessa semana as minhas contas foram levadas ao Pleno do Tribunal Regional Eleitoral e aprovadas, demonstrando que fiz uma campanha dentro das regras, dentro das leis", declarou.
Entenda
Selma Arruda foi condenada pelo TRE, por unanimidade. Ela é acusada de cometer crime de caixa 2 e abuso de poder econômico durante a campanha eleitoral de outubro passado.
Os magistrados determinaram a perda do mandato de Selma e que ela fique inelegível por oito anos. A decisão também se estende para os demais integrantes da chapa, no caso o primeiro e segundo suplente da senadora, Gilberto Possamai e Fabiana Mendes.
Na decisão, os juízes também entenderam que uma nova eleição deve ser feita para ocupar o cargo e rejeitaram que Carlos Fávaro, que ficou em terceiro lugar na disputa ao Senado Federal, assuma o posto antes do novo pleito.
Por enquanto, Selma permanece no cargo, já que ela ainda pode recorrer da decisão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A senadora nega todas as acusações. "Estou tranquila com a decisão proferida pelo Tribunal Regional Eleitoral. A tranquilidade que tenho é com a consciência dos meus atos, a retidão que tive em toda a minha vida e que não seria diferente na minha campanha e trajetória política. Respeito a Justiça e, exatamente por esse motivo, vou recorrer às instâncias superiores, para provar a minha boa fé e garantir que os 678.542 votos que recebi da população mato-grossense sejam respeitados", afirmou Selma Arruda, por meio de nota.
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Eduardo Alvarenga 21/05/2019
Não votei nessa Fávaro, não iria votar e nunca votarei nesse camarada; além de prejudicar alguém como a Selma que esta indo contra o sistema atual, viciado e corrupto. Ela pode não ser perfeita, mas e muito melhor que esse camarada. Interessante que estão tentando CASAR ela, porém até cheque estranho está aparecendo, quem plantou isso, se tem um, pode ter muitas outras coisas.
henrique Beltão 20/05/2019
Esse sujeito não tem oque fazer? Só fica cobiçando mandato alheio, Sabe bem que se houver outra eleição (oque não vai acontecer) nunca ganhará!!!
2 comentários