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15 de Junho de 2017, 17h:10 - A | A

PODERES / CRISE NO PARTIDO

Sachetti não quer sair do PSB e vai trabalhar para se impor

O deputado federal Adilton Sachetti (PSB) criticou duramente o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, por ter articulado o retorno do deputado federal Valtenir Pereira

CAMILA PAULINO
DA REDAÇÃO



O deputado federal Adilton Sachetti (PSB) disse que se sentiu traído e injustiçado ao ser destituído do cargo de vice-presidente em Mato Grosso e criticou duramente o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira (deputado federal pelo Distrito Federal), por ter articulado o retorno do deputado federal Valtenir Pereira e o colocar como presidente da sigla no Estado.

Segundo Sachetti, a postura de Carlos Siqueira é ditatorial e impositiva e desrespeitou os dirigentes do partido no Estado.

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“É um presidente ditador que acha que só ele tem direito de opinar dentro do partido. Eu não votei na reforma trabalhista, pois estava no velório da minha esposa, mas eu já tinha me mostrado favorável e por isso fui penalizado. Ou é incoerência, ou é safadeza, ou ele é ditador mesmo, porque convida alguém que também é favorável e votou a favor da reforma, isso é incoerente”, disse Sachetti, em entrevista à Radio Capital FM, na quinta-feira (15).

Apesar da situação, não tem pretensão de deixar o PSB e vai batalhar para solucionar estas questões dentro do partido.

“A debandada de outros colegas de partido realmente pode ocorrer, mas eu quero conversar. Ele [Valtenir] não é o dono do partido e claro que vamos colocar as orientações e como funcionam as nossas normativas. Ele não pode chegar aqui de forma autoritária, sem ouvir a todos, empurrando nada goela baixo. Não pode pensar que estamos a serviço dele, ninguém vai dar bola pra ele. Vamos fazer com que sejamos respeitados”, declarou o deputado.

"Ele não pode chegar aqui de forma autoritária, sem ouvir a todos, empurrando nada goela baixo. Não pode pensar que estamos a serviço dele, ninguém vai dar bola pra ele. Vamos fazer com que sejamos respeitados", declarou o deputado.

Inconformado, Sachetti garantiu que vai buscar se articular junto aos líderes do partido e se impor na sigla.

“Eu fui destituído sem motivo algum e vou lutar para mostrar para a sociedade que há um presidente que é incoerente e que há uma executiva que não respeita seus filiados. O presidente nem sequer recebe votos para estar lá, fica no ar condicionado apenas recebendo recursos do fundo partidário. Vou discutir, espernear e vou atrás dos meus direitos dentro do partido”, afirmou o deputado.

Quanto à postura de oposição de Valtenir em relação ao governador Pedro Taques (PSDB), Sachetti disse que vai buscar conversar com o atual presidente estadual sobre o assunto e expor a ideologia do partido junto aos demais militantes.

O retorno do deputado Valtenir ao PSB - que estava no PMDB desde março de 2016 - foi comunicado aos filiados mato-grossenses por telefone. O ato de filiação foi em Brasília, na quarta-feira (14). 

“O Valtenir vai ter que dizer a que veio e resolver as diferenças entre ele e outros filiados. Se ele chegar de maneira autoritária, ele perde todo mundo. Quem é ele sem ninguém?”, concluiu Sachetti. 

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