Quadrilha que atacou base da Polícia Militar é detida

Divulgação PM

Atentado ocorreu no dia 12 de junho, na base da PM do Três Barras.

CELLY SILVA
DA REDAÇÃO

A Polícia Militar do 3º Batalhão prendeu, no início da noite desta sexta-feira (24) a quadrilha responsável por atacar a base da PM no bairro Três Barras no dia 12 de junho, quando uma onda de criminalidade tomou conta do estado a mando de presidiários insatisfeitos com as restrições dentro da cadeia, depois que os agentes penitenciários entraram em greve.

Naquela ocasião, a base da Polícia foi alvejada com 50 tiros e dois explosivos, tipo coquetel molotov, foram deixados na calçada, mas não chegaram a explodir. Câmeras de segurança registraram a ação criminosa realizada por seis pessoas.  

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Base da PM sofre atentado e é alvejada com 50 tiros

De acordo com o boletim de ocorrência, desde que houve o atentado, a equipe de inteligência do 3º Batalhão vinha realizando levantamentos na região com o intuito de localizar e identificar os responsáveis, que foram presos nesta sexta-feira.

O primeiro suspeito foi Paulo Henrique Rodrigues da Costa, vulgo Pateta, que mora no bairro Jardim Umuarama. A Polícia foi até a casa dele que, ao notar a presença dos militares, tentou fugir, mas foi alcançado e detido. Em seguida, os policiais fizeram buscas no quintal de sua residência, onde encontraram uma pistola calibre .40 com o número de série raspado e municiada com seis balas. Também foram encontradas duas munições de arma calibre 38 com a espoleta já picotada. Dentro da casa de Paulo Henrique, foram encontradas roupas iguais as que aparecem no vídeo do atentado.  Questionado pelos policiais se a arma havia sido utilizada no ataque à base da PM, o criminoso confirmou.

Posteriormente, a PM se deslocou até a casa do segundo suspeito Charles Fagundes Teixeira, 21, que foi detido em frente à casa dele, onde também foi apreendida a motocicleta Honda CG 150 preta e um capacete cor-de-rosa, que teriam sido utilizados no dia do atentado.

O terceiro suspeito a ser preso foi Caio Afonso da Silva Soares , vulgo Bocão, 20, que também estava na frente de casa. Primeiramente, ele negou participação no ataque à base da Polícia, mas, quando os policiais disseram que iriam fazer a busca dentro da casa dele, de pronto, ele informou que havia um revólver embaixo de seu travesseiro. A arma estava municiada com cinco balas.

Dentro do quarto do bandido, ainda foram encontradas roupas, tênis e luva idênticas às que uma das pessoas envolvidas no atentado estava usando e que foram identificados por meio de câmeras de segurança. Após a apreensão dos materiais, Caio confessou que realmente participou do ataque porque estava devendo dinheiro para os demais criminosos e, por isso, teria sido convidado para o atentado.

A casa de E.L.M., 16, foi o quarto endereço procurado pela Polícia. Na casa também funciona uma mercearia do avô dele que, questionado sobre o paradeiro do jovem, negou que ele estivesse em casa. No entanto, os policiais sentiram um forte cheiro de maconha e entraram na casa, encontrando o suspeito juntamente com outro menor, fumando. Em revista ao quarto do suspeito, os policias encontraram outras roupas iguais às identificadas no vídeo que gravou o atentado à base. Era uma jaqueta preta com detalhes vermelhos , usada pela pessoa que jogou o coquetel molotov em frente à base da PM.

Próximo à casa de E.L.M, outro suspeito, Rodrigo da Silva Rocha Alves Pereira, 23, ao notar a presença de viaturas, correu para dentro de casa, mas foi pego pelos militares, que encontraram no bolso dele duas porções de maconha. Na casa dele, os policiais apreenderam seis balas calibre 32.

Em seguida, os policiais foram na casa de Armando Dias Rocha Júnior, vulgo Ratinho, 18, que também tentou fugir, pulando o muro dos fundos de sua residência, mas, do outro lado da rua, o cerco policial já estava armado e ele foi obrigado a retornar para a frente de sua casa e abrir o portão para os policiais. Armando negou-se a permitir a entrada dos militares e ainda soltou os cachorros.

No entanto, com o barulho e a confusão, a mãe de Armando saiu de casa e permitiu que os policiais fizessem a revista. No quarto do suspeito, a polícia encontrou uma jaqueta xadrez, um capacete branco e um tênis. No quintal, estava uma motocicleta Honda Fan 125 preta. Todos elementos identificados no vídeo da polícia.

A Polícia partiu então para diligência no bairro Três Barras, na casa de dois suspeitos de fornecer armas para o atentado, identificados como Rundinelis e Clédio, vulgo Sapo. Cada um teria fornecido uma pistola para a realização do ataque à base da Polícia Militar.

Todos os detidos foram encaminhados para a Central de Flagrantes no bairro Planalto, onde foram interrogados pelo delegado plantonistas e autuados por posse de arma e associação criminosa.