JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O motorista que atropelou e matou o ciclista e advogado, José Eduardo de Carvalho, de 59 anos, no dia 31 de dezembro do ano passado, na Rodovia Emanuel Pinheiro (MT – 251), foi identificado.
Ele se chama Fábio de Mello, de 29 anos, e está foragido desde o dia da tragédia. Ele, que pode ser preso a qualquer momento, trabalha numa empresa de piscinas.
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O pai dele, Benedito de Souza, prestou depoimento à polícia e confessou que o filho era o motorista da Saveiro, cor preta, que provocou o acidente matando Carvalho.
Segundo o pai, em entrevista ao RepórterMT, ele encontrou o carro na casa do filho com um amassado na frente.
Ele também informou à polícia que Fábio estava em companhia de Holiver Guilherme, de 24 anos, e mais duas moças. A saveiro é de cabine estendida. Ainda segundo Benedito, o filho não ingeriu bebida alcóolica momentos antes do acidente, mas Holiver, sim.
No vídeo abaixo, Holiver conversa com jornalistas:
RepórterMT
Holiver Guilherme também esteve na delegacia e prestou depoimento à polícia sobre acidente que matou o ciclista José Eduardo Carvalho
O CASO
Em conversa exclusiva com RepórterMT, Diogo Azevedo, de 32 anos, uma das vítimas do acidente que matou Carvalho, revela como foi o acidente que acabou tirando a vida do seu amigo.
Segundo Azevedo, ele e Carvalho e mais o outro ciclista, Valdeci Moraes, que não teve ferimentos no acidente, pegaram a rodovia Emanuel Pinheiro, MT 251, com destino a estrada de Manso onde estavam treinando para duas competições: uma nacional e a outra internacional, na França. O treino de hoje (31) seria de 80 km. A prova na França aconteceria em julho de 2015, chamada Le´ Tape.
Assim que estavam a 1km do trevo do Coxipó do Ouro, ele disse que sentiu um tranco. "Do nada senti o tranco da batida do carro, e eu esta a 40 km/h", comentou.
Mas ele relata que estavam no acostamento da rodovia e ele era o do meio. A sequência seria esta: Carvalho, Azevedo e Moraes.
Com isso, o veículo atingiu primeiro Carvalho que foi arremessado e bateu com a cabeça. "Eu fiquei desacordado por 30 segundos. Eu fui para cima e bati as costas", observou. Azevedo também comentou que o motorista do carro não chegou a frear antes de atingir o grupo.
Assim que acordou, viu que Carvalho ainda estava vivo. "Ele estava desacordado, mas tinha pulso", apontou. Várias pessoas que passavam pelo local pararam para ajudar.
Ele disse que Valdeci começou a fazer massagem cardíaca em Carvalho. "Pareceu começar a respirar. 5 minutos depois o Samu chegou. Eles (socorristas) foram direto nele, mas logo vieram me atender. E quando estava na ambulância, o enfermeiro socorrista me disse que ja havia falecido", relatou.
Assim que soube da morte, Diogo Azevedo contou que chorou muito pela perda do amigo. O motorista ainda não foi localizado. Ele também não teria prestado socorro às vítimas.
