RAFAEL MACHADO
DA REDAÇÃO
O casal de empresários Victor Augusto Saldanha Britche e Flávia de Martin Teles Birtche, alvo da Operação Grãos de Ouro, foi ouvido pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de Mato Grosso na tarde de terça-feira (14).
Eles são acusados de participarem de um esquema que teria desviado cerca de R$ 44 milhões dos cofres públicos de Mato Grosso do Sul por meio da sonegação fiscal envolvendo comercialização de grãos.
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No depoimento, o casal respondeu às perguntas e se defendeu das acusações apontadas nas investigações contra eles. As declarações devem ser encaminhadas para o Gaeco de MS que conduz as investigações.
Procurada, a defesa preferiu não manifestar sobre o caso por estar tramitando em segredo de Justiça.
Victor e Flávia foram presos no dia 08, no condomínio de luxo, Alphaville, após a deflagração da operação. O escritório do casal Efraim Agronegócio, que fica no edifício comercial SB Tower, em Cuiabá, foi alvo de mandado de busca e apreensão.
Flávia conseguiu reverter sua prisão preventiva, na última quinta-feira (09), sob argumento de que tem três filhos menores que precisam de cuidados. O homem continua preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC).
Grãos de ouro
A Operação Grão de Ouro deflagrada pelo Gaeco de MS prendeu 33 pessoas acusadas de participarem de um esquema de sonegação fiscal.
Ao todo, a ação cumpriu 33 mandados de prisão e 104 buscas e apreensões nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Paraná e Minas Gerais. Foram apreendidos R$ 500 mil em espécie, celulares e documentos.
Segundo o Gaeco de MS, as investigações começaram há dois anos após provocação da Secretaria de Fazenda do Mato Grosso do Sul que apontou a existência de um esquema de sonegação de tributos estaduais na comercialização de grãos produzidos em Mato Grosso do Sul.
Estima-se que o esquema tenha causado o prejuízo de R$ 44 milhões dos cofres públicos do MS através das fraudes mantidas por produtores rurais, funcionários da Secretaria de Fazenda, caminhoneiros, corretoras e 14 empresas, a princípio de fachada, que emitiram as notas frias.
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