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20 de Agosto de 2017, 07h:50 - A | A

PODERES / AUXÍLIOS DE PROMOTORES

'Temos privilégios, mas também ônus que outras carreiras não têm', diz Turin

As declarações do presidente da Associação Mato-Grossense do Ministério Público (AMMP) são referentes à repercussão negativa sobre altos salários de magistrados em Mato Grosso.

FLÁVIA BORGES
DA REDAÇÃO



O presidente da Associação Mato-Grossense do Ministério Público (AMMP), promotor de Justiça Roberto Turin, justificou que os altos salários pagos a membros do Ministério Público e Poder Judiciário são legais e moralmente aceitos porque tratam-se de profissionais que dedicaram suas vidas às carreiras que desempenham.

Para ele, a comparação  do salário de um promotor de Justiça e de um professor não é justa.

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“A pessoa vem e diz que um promotor de Justiça ganha R$ 28 mil enquanto um professor recebe cerca de R$ 2 mil. Realmente, temos privilégios, mas também ônus que outras carreiras não têm", afirma Roberto Turin.

“A pessoa vem e diz que um promotor de Justiça ganha R$ 28 mil enquanto um professor recebe cerca de R$ 2 mil. Realmente, temos privilégios, mas também ônus que outras carreiras não têm. Passamos por enfrentamentos diários. Estamos falando de profissionais caros. Não são baratos. Passaram a vida toda se dedicando à carreira”, afirmou Turin.

Conforme o promotor, ficar analisando qual é o valor que cada profissional recebe é uma maneira de desviar o foco do que realmente importa.

"Que qualidade jurídica a população vai ter se um promotor, um juiz, receber R$ 2 mil por mês? Que tipo de Ministério Público nós queremos afinal?”, questiona.

“Não pode haver esse tipo de discurso demagógico e populista. Que qualidade jurídica a população vai ter se um promotor, um juiz, receber R$ 2 mil por mês? Que tipo de Ministério Público nós queremos afinal?”, questiona.

Segundo ele, diminuir o valor dos salários é tornar a carreira menos atrativa e ter profissionais menos qualificados na área jurídica. 

Salários e Auxílios

Recentemente, dados sobre o recebimentos de magistrados mato-grossenses deixaram a população perplexa. Alguns juízes chegaram a receber quase R$ 500 mil em julho deste ano. 

Diante da informação, que ganhou repercussão nacional, o Tribunal de Justiça informou que fez os pagamentos amparado em uma decisão do ministro corregedor, de janeiro deste ano, em que foi autorizado o pagamento de R$ 29.593,08 a uma juíza referente a diferenças de substituição de entrância. 

Porém o CNJ ressaltou que esta decisão é específica e não é extensiva a outros casos, conforme Portaria n. 104 da Corregedoria Nacional de Justiça, que suspendeu o pagamento de verbas do TJMT que ainda são objeto de investigação.

João Otávio de Noronha, corregedor nacional de Justiça, determinou a abertura de pedido de providências para suspender qualquer pagamento de passivos aos magistrados até que os fatos sejam esclarecidos. Os promotores ainda recebem verba anual de R$ 14 mil para comprar livros. 

Leia mais:

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joliany Arruda 22/08/2017

Troqie comigo um dia e verás a responsabilidade de um professor, que nao tem a disposição uma internet decente que sobrevive com 2.500 reais por dois meses para manter 200 crianças, café se quiser faça cota. Sem contar na quadra que não é coberta, nas salas sem ar condicionado. Diariamente vcs tem uma equipe a disposição para auxilia- los, nós atendemos 25 crianças que apresentam inúmeros problemas e nao podemos contar com um psicólogo para nos auxiliar pq a demanda é grande e sus nao consegue atender. Nao se esqueça que para chegar onde tu chegaste passou pela mão de um professor. Inversão de valorese stampada.

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Patrick 21/08/2017

O nobre membro do Ministério Público, em suas infeliz dissertacao, demonstra de forma clara que os Promotores acreditam que representa Deus na Terra ou mesmo são os Deuses. Mas a realidade é totalmente diferente. O Ministério Público e o fiscal das Leis, mas hoje temos um verdadeiro Caos. Alto índice de Corrupcao, Bandidagens . E cadê os promotores que permitem que os processos Judicias seja um dos mais lentos do mundo, com índices irreais de processos parados e Prescritos, bandidos sendo soltos porque não se finaliza o processo para julgado, famílias chorando a morte de seus filhos e nada dos culpados serem julgados, porque o processo demorou tanto, 10, 20 30 temos processo com mais de 40 anos. Cadê os promotores que não fiscalizam a aplicação do dinheiro público, que não acompanha a aplicação dos Recurso da Saúde, educação e licitações públicas no geral, somente aparecem depois do dinheiro desviados, para darem entrevista na TV, dizendo que são os salvado da Pátria . Cadê o Ministério Público que não exige a aplicação da Lei, cumprimento da Constituição pelos membros de Cargos Público. Hoje o que vemos é que o Ministério Público está mais preocupado em demonstrar seu Poder e buscar vantagens para o seu Benefício próprio, sem se preocupar em cumprir seus deveres de Profissão.

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Paulo Mattos 21/08/2017

Além de estarrecedora, pela contemplada arrogância nela contida, dentre outros elementos que desqualificam determinados posicionamentos, causa repugância esta declaração do ilustre Dr. Turin, destacado membro do Ministério Público de Mato Grosso: "A pessoa vem e diz que um promotor de Justiça ganha R$ 28 mil enquanto um professor recebe cerca de R$ 2 mil. Realmente, temos privilégios, mas também ônus que outras carreiras não têm. Passamos por enfrentamentos diários. Estamos falando de profissionais caros. Não são baratos. Passaram a vida toda se dedicando à carreira”, afirmou Turin." Como pode se depreender do palavrório preconceituoso e inverídico de Sua Excelência, os integrantes de sua instituição são seres iluminados pelas virtudes divinas. Já nascem, com a capacidade do saber, do conhecimento, da inteligência,da cultura e desprendimento para a realização de suas funções que, mais nobres que todas as demais, lhes exigem muito além daquilo que eles próprios, embora iluminados, conseguem concluir. Não por incapacidade, mas porque somente a eles cabe o dever de trabalhar. E só eles trabalham. O professor, esse ser abastardado pela desnecessidade de sua existência, por desnecessário ao andamento dos interesses legítimos, culturais, morais, filosóficos, educacionais, enfim, da sociedade, não mereceria nenhum tipo de reconhecimento, mesmo porque existe somente uma instituição na Terra Brasilia capaz e em condições de transmitir saber: os integrantes do Ministério Público, que trabalham mais de vinte e quatro horas por dia e são dotados de conhecimentos que não chegam sequer perto dos demais cidadãos, estes todos de última classe na genealogia da existência humana. Assim, eles, os professores tem de ganhar menos mesmo, uma verdadeira miséria, porque não produzem aquilo que os integrantes do MP produzem. Declarações como essas deslustram toda uma instituição, causa repugnância no seio da sociedade e nos dá a exata dimensão do que certos homens pensam: Deus no céu e nós, somente nós, aqui na terra. A classe de professores merece um urgente desagravo por ofensas tão claras e desprezo trão patente por parte de uma autoridade que deveria prezar pela aplicação boa e justa da lei em todos os segmentos da sociedade.

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Cuiabana 21/08/2017

A diferença é que professor trabalha por amor e promotor, juiz, trabalha só pelo dinheiro.

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Jaconias Rodrigues de Lurdes 21/08/2017

Não existiriam promotores se não houvessem professores!! Está parecendo com aquela história: "Quem veio primeiro, o ovo ou a galinha, o que neste caso, óbvio que seria a galinha"!!

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Felicissimo Bolivar da Fonseca 21/08/2017

A profissionalidade do educador não está em nível abaixo, este é sim o alicerce à sociedade, construindo um novo entendimento do que, doravante, represente ser um cidadão. Ao professor cabe a responsabilidade presente de preparar o futuro deste país rico. Não somos rascunhos, eles passam e nós... passarinhos.

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Roberto Aparecido Turin 20/08/2017

Realmente essa matéria distorce tudo que foi dito e o contexto. já fui professor por muitos anos e minha mãe foi professora a vida toda e se aposentou como professora. Conheço bem a realidade dura da vida de um professor. O sentido de minha fala nunca foi de desmerecer os professores. Disse que é indevida a comparação entre as carreiras se os professores ganham mal e realmente ganham mal. PROFESSORES Deveriam ganhar mais e ter o devido reconhecimento. Mas a comparação é indevida e nivelar por baixo as carreiras é injusto tanto para os Professores como para os Promotores de Justiça. Esse é o sentido do que eu disse. É triste ver pessoas que buscam a qualquer custo criar intriga, desmoralizar instituições e pessoas apenas para gerar polêmica e alarde social.

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Daniel Boone 20/08/2017

E o pior é que esse promortozinho ja foi professor de cursinho

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Dino Miranda 20/08/2017

Entendo que Turin deveria ser mais inteligente. poderia falar de tudo mais menos desqualificar os professores que os ensinaram a estar nessa função . Pois tem muitos professores que atravessam por lugares extremamente difícil para chegar em uma escola pra darem aula e o cidadão fala uma asneira dessas. Aí eu faço a pergunta , será que o Brasil tem jeito com pessoas pensando dessa forma ? Por isso sou contra qualquer magistrado ser candidato a cargos políticos, uma vez que os mesmos falam o querem e não são punidos...... Esse é o nosso Brasil.

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Mario 20/08/2017

Foi muito mal o Sr. Promotor. Ninguém censura o fato de juízes e promotores terem remuneração diferenciada. O que se critica é a capacidade de se auto concederem verbas imorais, como o auxílio moradia, sobretudo para quem já se fixou em determinado local. O que merece ser questionado neste País é o descompasso entre o salário de um professor e o de V. Exa. Enquanto um promotor continuar ganhando 30 vezes mais que um professor, é certo que não iremos a lugar nenhum. Será que essa desigualdade existe em países civilizados?

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15 comentários

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