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Cuiabá, 05 de Maio de 2024
05 de Maio de 2024

04 de Agosto de 2018, 07h:50 - A | A

PODERES / OPERAÇÃO DÉJÀ VU

Notas frias na Assembleia envolvem morto, Viana, Nininho e prefeito

De acordo com o Ministério Público, uso da verba indenizatória foi feito de maneira ilegal de 2012 a 2015.

MIKHAIL FAVALESSA
DA REDAÇÃO



O Ministério Público Estadual (MPE) listou cerca de 90 notas fiscais que seriam “frias”, ou seja, seriam relativas a serviços que não foram prestados aos deputados da Assembleia Legislativa. A relação das notas consta no pedido de busca e apreensão feito ao desembargador João Ferreira Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, no inquérito da Operação Déjà Vu.

O órgão se baseou nos depoimentos do empresário e contador Hilton Carlos da Costa Campos e do ex-servidor da Assembleia Vinícius Prado Silveira. Quase R$ 600 mil teriam sido pagos ilegalmente aos deputados estaduais nos anos de 2012, 2013, 2014 e 2015.

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A Verba Indenizatória é paga aos deputados para gastos realizados em razão da atividade parlamentar. Atualmente, os parlamentares estaduais podem gastar até R$ 65 mil por mês e serem reembolsados pela Assembleia.

O deputado que apresentou o maior número de notas frias foi Walter Rabello (falecido), de acordo com o MPE. Ele teria sido beneficiado com por 27 notas frias que totalizaram R$ 192,7 mil. O segundo colocado na lista é o deputado Zeca Viana (PDT), com 23 notas que totalizaram R$ 149,5 mil no período. Ele é seguido pelo deputado Ondanir Bortolini, o Nininho (PSD), que apresentou 16 notas consideradas falsas, sendo beneficiado em R$ 93,5 mil. Juntos, os três teriam apresentado 66 notas frias relativas à Verba Indenizatória.

O inquérito é conduzido pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco-Criminal) do MPE. Os promotores e procuradores ainda listaram 13 notas supostamente frias entregues pelo ex-deputado e atual prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB). Ele teria sido beneficiado com R$ 91,7 mil.

O ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Geraldo Riva, é o quinto com maior número de notas listadas. Foram oito, num total de R$ 56,2 mil.

Dois deputados da atual legislatura apresentaram uma nota considerada fria cada. O presidente da Assembleia, deputado Eduardo Botelho (DEM), é citado por uma nota de R$ 7,1 mil enquanto o deputado Wancley Carvalho (PV) é responsabilizado por um comprovante supostamente falso de R$ 7,2 mil.

Em 2015, a Assembleia, sob o comando do deputado Guilherme Maluf (PSDB) modificou as regras para utilização da Verba Indenizatória. A partir daquele ano, os parlamentares não ficaram mais obrigados a apresentar notas para o recebimento dos valores.

Quatro empresas, articuladas por Hilton da Costa Campos, teriam sido utilizadas para fornecer as notas fiscais. A empresa H C da Costa Campos e Cia Ltda ME, a V.H Alvez Comércio, a VPS Comércio ME, e a G.B de Oliveira Comércio ME, seriam empresas de fachada, sem funcionários ou estrutura física, sendo utilizadas para lavagem do dinheiro.

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Mmmmm 05/08/2018

Quando vivo era um homem tao bom e justo!Não posso acreditar!kkkk.Quem teria dúvida disto!!!

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ana 04/08/2018

Se for confirmado sugiro a retirada do nome do deputado Walter Rabelo do viaduto (acho que) feito em homenagem a ele

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Fenix 04/08/2018

E agora Lôrô José? Vai ter que instaurar a CPI necromã pra invocar o espirito do rabelo pra ser inquirido sobre as acusaçoes e assim penaliza lo no mundo extra sensorial. Rsrs

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3 comentários

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