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Cuiabá, 18 de Maio de 2024
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03 de Agosto de 2018, 07h:00 - A | A

PODERES / OPERAÇÃO DÉJÀ VU

Empresário 'entregou' deputados por esquema de notas frias e 'serviços fantasmas'

Hilton Carlos revelou ao Gaeco que teria emitido notas frias de serviços fictícios para justificar o uso de verba indenizatória de deputados.

MIKHAIL FAVALESSA
DA REDAÇÃO



As declarações do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), sobre as investigações da Operação Déjà Vu, realizada nesta quinta-feira (2), pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), assim como as informações do Ministério Público do Estado, indicam que o caso seria referente à apuração que ocorre desde 2015, com base no depoimento do empresário Hilton Carlos da Costa Campos, que prestou declarações informando sobre notas fiscais frias.

Ao Gaeco o empresário teria informado que as notas seriam emitidas por meio de empresas de fachada para justificar gastos dos deputados com a verba indenizatória. As notas detalhariam compras de materiais de papelaria e informática, mas os produtos nunca teriam sido entregues. Hilton informou que teria recebido cerca de 10% dos valores pela simulação dos serviços.

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As informações constam no compartilhamento com processo ao Supremo Tribunal Federal (STF), que chegou a ficar responsável pelas investigações referentes às acusações que envolvem o nome do deputado federal Ezequiel Fonseca (PP). Mas o caso retornou para a Justiça de Mato Grosso, após as alterações sobre o foro privilegiado.

“Ele aceitou a proposta espúria e emitiu notas falsas em nome das empresas H.C. da Costa Campos e Cia. Ltda., G.B. de Oliveira Comércio ME, VPS Comércio ME e VH Alves Comércio Ltda. Dessas empresas, somente a primeira (H.C da Costa Campos) existiria de fato, sendo todas as demais ‘empresas de fachada’, constituídas com o único propósito de fornecer as notas falsas”, destaca o Gaeco.

RepórterMT

gaeco assembleia

Agentes do Gaeco vasculharam a Secretaria de Finanças da Assembleia Legislativa.

Conforme o Ministério Público, as denúncias são referentes a documentos emitidos entre 2012 e 2015 e atingem os deputados: Eduardo Botelho, Ondanir Bortolini, o nininho, Zeca Viana e Wancley Carvalho, além dos ex-deputados, Emanuel Pinheiro, atual prefeito da Capital, e José Riva. As denúncias também envolvem o nome do ex-deputado Valter Rabelo (falecido) e Ezequiel Fonseca.

As investigações citam ainda a possível fraude do pregão nº 093/2011 da Secretaria de Estado de Administração (SAD) no valor de R$ 40,7 milhões para fornecimento de materiais de publicidade a órgãos do Estado.

Repórter MT

marcos bulhões

O promotor Marcos Bulhões, chefe do Gaeco, afirmou que os desvios somariam mais de R$ 500 mil.

Fraude de R$ 500 mil

As investigações apontam para um desvio de mais de R$ 500 mil com esquema de supostas notas frias para prestação de contas referentes a pagamentos de verbas indenizatórias na Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

Até o momento, o MPE já teve acesso a aproximadamente 90 supostas notas frias, que tiveram como destinatários os deputados citados na investigação. No período das emissões desses documentos, estava em vigor a Lei Estadual 9.493/2010, que instituía a verba indenizatória, paga mensalmente a membros do Poder Legislativo, de forma compensatória às despesas inerentes a suas atividades.

Operação Déjà Vu

A operação cumpriu mandados de busca e apreensão em secretarias da Assembleia Legislativa, na manhã desta quinta-feira (2). Nenhum gabinete de deputado foi vistoriado pelos agente do Gaeco.

Os pedidos de busca e apreensão foram feitos nos autos de inquérito policial instaurado a partir do desdobramento de investigação em trâmite no Supremo Tribunal Federal (STF) e com base em depoimentos de servidores e  empresários que confirmaram ter emitido notas frias a deputados. Estão envolvidas no esquema, as empresas GB de Oliveira Comércio ME, HC da Costa Campos e Cia Ltda ME, VPS Comércio ME e VH Alves Comércio ME.

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marcia 03/08/2018

Agora a VI vai direto pra conta do deputado sem precisar de nenhum comprovante. Antes existiam as notas frias O que será pior?????

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MARIA TAQUARA 03/08/2018

Qual a motivação que a sociedade encontrará para ir trabalhar, realizar nossa contribuição ao Estado se o Estado é refém e está sendo consumido totalmente por politicos corruptos que reforçam leis que sustentem esta corrupção? É o nosso esforço sendo roubado e nós somos obrigados a contribuir todo dia com esse cenário através dos impostos! Deste jeito, um outro país-um pouco melhor-só daqui a 30 anos!

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2 comentários

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