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Cuiabá, 08 de Maio de 2024
08 de Maio de 2024

09 de Março de 2018, 07h:00 - A | A

PODERES / GRAMPOLÂNDIA

Delegados e ex-secretário vão depor como testemunhas de cabo da PM nesta sexta-feira

O juiz Murilo Mesquita vai ouvir os delegados Flávio Stringuetta, Alana Derlene Cardoso, Alessandra Saturnino de Souza Cozzolino e Rogers Jarbas no caso que ficou conhecido como "grampolândia pantaneira".

RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO



O juiz Murilo Mesquita, da 11ª Vara Criminal Militar de Cuiabá, vai ouvir na manhã desta sexta-feira (9), os delegados Flávio Stringuetta, Alana Derlene Cardoso, Alessandra Saturnino de Souza Cozzolino, além do ex-secretário de Segurança, Rogers Jarbas, como testemunhas do cabo da Policia Militar Gerson Correa, réu confesso no esquema de interceptações telefônicas ilegais, esquema que ficou conhecido nacionalmente como Grampolândia Pantaneira.

No mesmo dia vão depor ainda o ex-secretário de Segurança na Gestão Silval Barbosa, Alexandre Bustamante, José Conceição dos Santos Arruda, Yara Yasanne Gonçalves e Rafael Meneguine (em substituição à delegada da PJC Ana Cristina Feldner).

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Os depoimentos ocorrem uma semana depois dos depoimentos do ex-comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel Nerci Denardi, do promotor de Justiça Arnaldo Justino, do major da PM Lucélio Ferreira Martins e de Genivaldo Peres da Silva, ex-policial militar e atual investigador da Polícia Civil.

Nas próximas semanas o juiz Murilo Mesquita convocará as próximas testemunhas, entre elas a ex-servidora comissionada do Estado e ex-amante do ex-chefe da Casa Civil Paulo Taques, Tatiane Sangali. Ela foi arrolada pela defesa de Gerson no lugar do ex-secretário.

O magistrado aguarda ainda uma definição de data para o depoimento do governador Pedro Taques (PSDB). Ele foi intimado como testemunha de defesa do cabo, mas como tem foro privilegiado pode escolher a data e local para depor. No entanto, até a publicação da reportagem ainda não havia confirmação da data.

Por fim, o juiz pretende ouvir o promotor chefe do Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Marcos Bulhões.

O esquema 

Os telefones foram interceptados com autorização judicial. Os documentos pedindo à Justiça autorização para isso foram assinados pelo cabo da PM, Gerson Luiz Ferreira Correia Júnior, numa suposta investigação de crimes cometidos por PMs. No entanto, foram juntados os telefones de quem não era suspeito de crime algum, numa manobra chamada “barriga de aluguel”.

O caso foi denunciado pelo promotor de Justiça Mauro Zaque. Em depoimento encaminhado à Procuradoria-Geral da República, ele afirmou que, naquele ano, ouviu o coronel Zaqueu Barbosa, comandante da PM à época, dizer que as interceptações telefônicas eram feitas por determinação de Pedro Taques (PSDB). Zaque alega ainda que levou o assunto ao governador, que ficou constrangido, mas não fez nenhum comentário.

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