CELLY SILVA
DA REDAÇÃO
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômco, Seneri Paludo, foi dispensado pela juíza Selma Arruda, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, de prestar depoimento à Justiça, na tarde desta quarta-feira (10). O fato ocorreu porque a defesa do réu da Operação Sodoma, Sílvio Cézar Correa, ex-chefe de gabinete e 'braço direito' do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), que o havia arrolado como testemunha, acabou desistindo da oitiva.
Seneri Paludo seria a primeira pessoa a ser ouvida na audiência desta quarta. Ele chegou ao Fórum cerca de trinta minutos antes de saber que sua presença não seria mais requerida.
De acordo com o Ministério Público de Mato Grosso, a antiga Secretaria de Estado da Indústria e Comércio, Minas e Energia (Sicme), atual Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Sedec), teria concedido incentivos fiscais para grandes empresas, em troca de propinas. O esquema se dava através do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Prodeic).
O processo desencadeado a partir da Operação Sodoma trouxe a tona o desvio de pelo menos R$ 2,5 milhões dos cofres públicos por meio da fraude. Na primeira oitiva realizada no dia 19 de janeiro, o delator premiado João Batista Rosa, dono da Tractor Parts, uma das empresas envolvidas no caso, contou à Justiça como tudo funcionava.
O ex-governador Silval Barbosa figura neste processo como o principal réu, ele é apontado como o chefe da quadrilha formada também pelos ex-secretários de Estado Marcel de Cursi e Pedro Nadaf. Os três estão presos preventivamente no Centro de Custódia de Cuiabá. Também fazem parte da lista de réus: Francisco Andrade de Lima Filho e Karla Cecília de Oliveira Cintra.
Para a tarde desta quarta-feira de cinzas ainda são aguardadas as declarações do deputado Romoaldo Júnior (PMDB). No entanto, sua presença ainda não está confirmada já que ele tem a prerrogativa de escolha da data, que pode ser entre hoje ou dia 17 deste mês.