facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 13 de Maio de 2024
13 de Maio de 2024

27 de Maio de 2016, 10h:00 - A | A

JUDICIÁRIO / A GRANDE QUADRILHA

Juiz nega pedido de 'ilustres' para instalar ar-condicionado em cela do Carumbé

O Centro de Custódia de Cuiabá abriga detentos com curso superior, sendo alguns deles de renome, como o ex-governador Silval Barbosa (PMDB).

KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO



O juiz Geraldo Fidélis, da Vara de Execuções Penais de Cuiabá, negou o pedido feito por 18 presos do Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), entre eles o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e o ex-desembargador Evandro Stábile, ambos acusados de se aproveitarem da condição de poder para receber propina, que solicitaram a instalação de ar-condicionado nas celas.

“Hoje não passam de pessoas comuns que devem ser tratadas com a mesma dignidade que os demais presos do sistema prisional, sem regalias”, frisou Fidélis.

Ao , Fidélis explicou que, apesar de alguns desses presos serem de renome e todos eles terem formação superior, “hoje não passam de pessoas comuns que devem ser tratadas com a mesma dignidade que os demais presos do sistema prisional, sem regalias”.

O juiz ressaltou que, se fosse para autorizar a instalação de ar-condicionado,  a Penitenciária Central do Estado (PCE), que, segundo ele, está superlotada, seria prioridade. “Se fosse possível colocar ar condicionado a prioridade seria a PCE, porque lá tem 2.100 presos em 800 vagas, então tem situação bem pior que a do CCC”, reforça o magistrado.

“É uma bomba prestes a explodir, fica fácil de abrir parede”, destaca o juiz sobre a instalação de um ar-condicionado.

No entanto, ele ressalta que um ar-condicionado é uma “bomba” dentro de um presídio, porque coloca a segurança da unidade prisional em risco. “É uma bomba prestes a explodir, fica fácil de abrir parede”, destaca o juiz.

No pedido de instalação de ar condicionado feito pelos presos, que antes de serem presos estavam acostumados a trabalhar e a viver em ambientes de temperaturas baixas artificiais, eles alegam que é muito calor nas celas e que para facilitar as coisas, caso o Judiciário autorizasse, eles mesmos comprariam os aparelhos.

Na decisão, o juiz Geraldo Fidelis reconhece que o calor de Cuiabá é um dos mais fortes do país, mas ressalta que há inclusive prédios públicos que ainda não foram equipados com ar-condicionado. Ele sugeriu exaustores para aliviar o calor dos presos com curso superior do CCC.

Também estão presos no CCC o filho de Silval, o médico Rodrigo Barbosa, e o ex-secretário de Estado Marcel de Cursi. 

Comente esta notícia