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Cuiabá, 05 de Maio de 2024
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11 de Maio de 2016, 11h:49 - A | A

JUDICIÁRIO / FRAUDES NA EDUCAÇÃO

Ex-superintendente preso nega envolvimento e 'implica' Permínio Pinto

O ex-superintendente se declarou incomodado com o fato de os assuntos que, em tese, deveriam ser tratados com ele, fossem conversados diretamente com Permínio

DA REDAÇÃO



O ex-superintendente de Acompanhamento e Monitoramento das Obras da Seduc, Moisés Dias da Silva,  disse  em depoimento ao Gaeco, que o professor Wander dos Reis, mesmo depois de ter sido exonerado do cargo de superintendente na pasta, tinha grande influência na secretaria Estadual de Educação, comandada, até então, por Permínio Pinto, que pediu afastamento do cargo, após o escândalo de corrupção na pasta vir à tona. Ele, porém, negou participação no esquema, envolvendo servidores, políticos e empresários, que manipulavam licitações da pasta.  

Moises assumiu o cargo que foi de Wander. Ele sustenta que o ex-superintendente tinha uma sala ao lado do gabinete Permínio Pinto (PSDB). Moises foi preso na Operação Rêmora, juntamente com outros dois servidores da Educação, empreiteiros e ex-deputado Moisés Feltrin. A Rêmora apura fraudes em 26 obras de construção e reforma de escolas de MT. 

O ex-superintendente se declarou incomodado com o fato de os assuntos que, em tese, deveriam ser tratados com ele, fossem conversados diretamente com Permínio, dando clara impressão, ou pelo menos, tentando passar isso, de que o secretário afastado tenha envolvimento nos esquemas descobertos. 

Apesar de confirmar ter sido indicado ao cargo pelo presidente da Assembleia Legislativa de MT, deputado Guilherme Maluf (PSDB), Moisés negou qualquer influência do parlamentar no caso. Ele colocou ainda seus dados fiscais e bancários à disposição da Justiça. 

O ex-servidor rechaçou as acusações do empresário Ricardo Augusto Sguarezi, de que ele teria dito para procurar Giovani Guizardi e pagar os 5% de propina para recebimento dos valores a serem pagos. Ele reconheceu, apenas, que se encontrou com o empreiteiro por quatro vezes dentro do órgão. Disse que estava com duas servidoras, Nayara e Yumi e discutiu sobre a reforma do prédio da Seduc. Numa outra reunião, Ricardo estava também o pai do empresário e o coordenador de estrutura chamado Adriano. 

Sobre Giovani, também preso e acusado de ser o arrecadador de propina, Moises conta ter encontrado com ele por três vezes para falar do projeto Escola Legal, orçado em R$ 22 milhões, mas que foi considerado inviável pelo Tribunal de Contas, sendo no final cancelado. 

Wander estava foragido, 'aproveitando férias no nordeste', mas se entregou no início da semana à Justiça.

gaeco doc seduc

Depoimento de Moisés ao Gaeco

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