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Cuiabá, 14 de Maio de 2024
14 de Maio de 2024

12 de Dezembro de 2016, 09h:20 - A | A

JUDICIÁRIO / MÁFIA DA SEDUC

Empreiteiros depõem hoje e podem entregar políticos envolvidos no esquema

Giovani Guizardi e Luiz Fernando Rondon são considerados pelo Ministério Público os operadores da propina na Secretaria de Educação do Estado

CELLY SILVA
DA REDAÇÃO



Os empresários Giovani Belatto Guizardi, dono da Dínamo Construtora, e Luiz Fernando da Costa Rondon, dono da Luma Construtora, ambos réus e delatores da Operação Rêmora, prestam s depoimentos à juíza Selma Rosane Santos Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, na tarde desta segunda-feira (12).

A audiência de instrução terá início às 13 horas e deve trazer novas revelações sobre o esquema de cobrança de propina de empresários que quisessem participar das licitações da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), entre os anos de 2015 e início de 2016.

Guizardi e Rondon são considerados, pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), os operadores do sistema de cartel e de propina, pois eram os intermediadores entre o "núcleo de empreiteiros" e o "núcleo político" da Seduc.

Conforme as investigações, aqueles que não se submetessem ao pagamento da vantagem indevida eram excluídos dos processos licitatórios de obras de construção e reforma de escolas em todo o Estado. E também ficavam com pagamentos de medições anteriores “empacadas” na pasta.

Os dois empreiteiros também eram responsáveis por promover reuniões para tratar sobre o pagamento de propina por meio de suas respectivas empresas.

No caso de Giovani Guizardi, ele se reunia com o núcleo político do esquema, em uma sala comercial no edifício Avant Garden Business, na Avenida Miguel Sutil, e que foi denominada pelo Gaeco de “quartel general” da organização criminosa.

Ainda segundo o Gaeco, Luiz Rondon realizava reuniões com o núcleo de empreiteiros, onde, diante da insatisfação geral em ter que pagar 5% de propina, decidiu-se tentar baixar o valor para 3% do valor dos contratos.

No mesmo local, teria sido feito o “loteamento” das obras previstas pela Secretaria de Educação para ocorrer em mais de 20 municípios mato-grossenses.

A reunião foi gravada pelo empresário José Carlos Pena, que denunciou o caso ao Ministério Público Estadual (MPE), o que culminou com a defagração da Operação Rêmora, no dia 3 de maio deste ano.  

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