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Cuiabá, 26 de Abril de 2024
26 de Abril de 2024

10 de Março de 2018, 11h:03 - A | A

POLÍCIA / FOGO NA PREFEITURA

Bandido acusa prefeito de pagar por incêndio e Stringueta de tortura

A versão foi apresentada por Juliano Thibes Guedes em depoimento ao Ministério Público, alegando ter sofrido ameaças para mudar a versão do depoimento.

RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO



Juliano Thibes Guedes, 27 anos, disse em depoimento ao Ministério Público do Estado que o prefeito de Nova Bandeirantes, Valdir Rio Branco pagou R$ 50 mil para que a Prefeitura no município fosse incendiada. O depoimento também acusa o delegado Flávio Stringueta de ter o torturado na companhia de outros policiais para que a versão dos fatos fosse alterada.

O depoimento foi prestado na Promotoria de Justiça de Alta Floresta, no dia (2) de março.

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Juliano disse que participaram das negociações o prefeito Valdir Rio Branco, o filho dele - advogado Thiago Pereira e o secretários de obras do município.

O incêndio aconteceu no início de outubro de 2017, quando dois criminosos armados invadiram e atearam fogo no prédio da Prefeitura.  O prefeito Valdir Rio Branco é um dos investigados pelo ato, pois 12 dias antes do fogo, mandados de busca e apreensão foram cumpridos na Operação Loki, deflagrada pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), em três cidades do interior de Mato Grosso. 

PJC

operação Loki

Prefeitura foi incendiada 12 após operação da Polícia Civil.

“Eu nunca conversei com esse Juliano. É tudo mentira. Eu não me envolvo com essas pessoas. Afirmo com toda certeza que tudo que ele disse é mentira e vai ser comprovado pela Justiça",rebateu o prefeito.

Tortura

O criminoso afirma que foi espancado por policiais civis e ameaçado de morte pelo delegado Flavio Stringueta, que foi designado para investigar o incêndio. Ele alega que em uma das ocasiões foi amarrado, e torturado com um saco de tecido molhado na cabeça. A tortura teria acontecido das 9h às 16h – tudo para que ele mudasse sua versão da história, conforme a denúncia.

Juliano afirma que terceirizou o serviço pelo qual foi contratado, pagando outras pessoas para que colocassem fogo na Prefeitura. 

O crime ocorreu, segundo a Polícia Civil, depois que os bandidos renderem o segurança e utilizaram líquido inflamável para colocar fogo no setor administrativo da Prefeitura - localizada na Avenida Comendador Luiz Meneghel, Centro, de Nova Bandeirantes - onde ficam guardadas documentações de recursos humanos, licitações, tributos, contabilidade e compras. O local ficou totalmente destruído.

Outro lado

O delegado Flávio Stringueta nega que tenha cometido tortura e afirmou que o criminoso apresentou diversas versões desde que o fato ocorreu.

O prefeito de Nova Bandeirantes disse recentemente ao que não cometeu nenhuma ilicitude e que vem recebendo constantes ameaças de morte após o ocorrido.

“Eu nunca conversei com esse Juliano. É tudo mentira. Eu não me envolvo com essas pessoas. Afirmo com toda certeza que tudo que ele disse é mentira e vai ser comprovado pela Justiça. Ele já deu uns seis depoimentos controversos e acredito que alguém esteja bancando ele”, disse o prefeito ao neste sábado (10).

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