CELLY SILVA
DA REDAÇÃO
Os servidores da Educação de Várzea Grande decidiram agora há pouco, em assembleia geral da categoria, suspender a greve que já dura 26 dias. A partir de segunda-feira (04), as atividades escolares voltam à normalidade, porém, a greve pode ser retomada a qualquer momento, caso o secretário municipal de Educação, Silvio Fidélis não apresente uma proposta na terça-feira (05), conforme acordado com a categoria.
O Sintep VG (Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso – Subsede de Várzea Grande) reivindica o reajuste do Fundeb em 11,36% a todos os profissionais da categoria e não só aos professores, como ocorreu até o momento e também cobra da prefeita Lucimar Campos (DEM) o cumprimento do acordo judicial feito no ano passado, onde ela se comprometeu em revisar o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) e fazer o reenquadramento de servidores, além de melhorias na infraestrutura das escolas.
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Como resposta, a Prefeitura de Várzea Grande acionou a Justiça e conseguiu uma liminar que declarou a greve ilegal e determinou o corte de pontos dos grevistas, o que foi cumprido pelo Executivo municipal nesta quinta-feira (30), quando todos os servidores receberam seus salários, menos os que atuam na Educação.
Este foi o principal motivo para que a categoria recuasse e suspendesse a greve. “A categoria já tem sofrido com o corte de pontos, a maioria são mulheres arrimo de família. Então, o sindicato não pode agir com irresponsabilidade”, disse a secretária-geral do Sintep VG, Cida Cortês, ao .
Segundo Cida Cortês, o secretário de Educação Silvio Fidélis deveria ter apresentado uma proposta na quinta-feira (30) e não cumpriu o combinado e pediu um novo prazo até terça-feira (05). Caso ele não cumpra o acordo, a categoria “retorna à greve com força total, com mais escolas mobilizadas”, afirma a sindicalista.
Para tentar reverter a decisão liminar do Tribunal de Justiça, o Sintep VG já entrou com recurso e aguarda decisão do mérito. “O advogado Bruno Boaventura já teve audiência com o desembargador, pontuou todas as questões que a Prefeitura não encaminhou. Nós já tomamos todas as providências com relação a isso e estamos muito confiantes de que o próprio desembargador Márcio Vidal vai reformar essa decisão”, disse Cida Cortês.
Além da “batalha” judicial, a categoria vai continuar com mobilizações políticas, nas ruas e na Câmara Municipal. “A partir de segunda-feira, quinzenalmente, vai ter ato público, vai ter cobrança à Câmara de Vereadores e vai ter ações encaminhadas individualmente porque a Prefeitura fez desconto de corte de ponto e, no corte de ponto, eles não tiveram critério. Tem gente que cortou o mês inteiro, tem gente que cortou três dias”, contou Cida ao .
A cobrança aos vereados se dá porque, segundo a representante dos servidores, “a prefeita está descumprindo uma lei que ela mesma sancionou. Então, os vereadores agora estão fazendo enfrentamento porque a Câmara já aprovou a recomposição salarial e ela apenas não implantou na folha. Então, para que servem os vereadores se eles fazem a legislação, a aprovam e depois a prefeita não cumpre? Eles, agora, têm que dar conta da prefeita fazer cumprir a lei que já foi aprovada”, assevera.
Contrariando afirmações do Executivo de que a greve estaria enfraquecida e as escolas funcionando normalmente, Cida conta que “hoje, a assembleia foi com quase 400 pessoas. Portanto, a greve colocada por eles como fraca não é verdade. Eles é que são autoritários, mas a gente faz a luta com muita responsabilidade”, conclui.
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Gustavo Rodrigues de souza 01/07/2016
Que coragem hein turma kkk...Brigar com esses corruptos não é nada fácil...Voltar após corte de ponto demonstra fraqueza...humilhação...fome...Se existiu alguma categoria...Adeus à ela!!!
1 comentários