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Cuiabá, 18 de Maio de 2024
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30 de Junho de 2016, 17h:00 - A | A

GERAL / "QUEDA DE BRAÇO"

Prefeitura de VG não paga salários de servidores em greve

O não pagamento se deu por conta da determinação do desembargador Márcio Vidal, que decretou o corte de pontos dos grevistas.

CELLY SILVA
DA REDAÇÃO



Quase sete mil servidores públicos do município de Várzea Grande receberam nesta quinta-feira (30) os salários do mês de junho, em uma folha estimada em pouco mais de R$ 17,5 milhões. No entanto, os servidores da Educação não entraram na folha de pagamento e vão ficar sem receber.

A Justiça declarou ilegal a greve dos profissionais da rede municipal de ensino e determinou o corte no ponto daqueles que mantém a paralisação desde o último dia 6

Isso porque a Secretaria Municipal de Educação seguiu a determinação do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, em liminar concedida pelo desembargador Márcio Vidal, que declarou ilegal a greve dos profissionais da rede municipal de ensino e determinou o corte no ponto daqueles que mantém a paralisação desde o último dia 6.

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O Sintep VG (Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso – Subsede de Várzea Grande) reivindica o reajuste do Fundeb em 11,36% a todos os profissionais da categoria e não só aos professores, como ocorreu até o momento e também cobra da prefeita Lucimar Campos (DEM) o cumprimento do acordo judicial feito no ano passado, onde ela se comprometeu em revisar o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) e fazer o reenquadramento de servidores, além de melhorias na infraestrutura das escolas.

"Amanhã a tarde nós temos uma assembleia e os funcionários estão revoltadíssimos com a prefeita. Se for por eles, mantém a greve com corte de ponto e tudo”, afirma a diretora financeira do Sintep VG

Além do corte no ponto dos grevistas, a Procuradoria Geral de Várzea Grande ingressou novo pedido junto ao Tribunal de Justiça, requerendo a execução da multa imposta ao Sintep VG, no valor de R$ 10 mil por dia e que nesta quinta-feira (30) já soma R$ 180 mil, uma vez que a decisão saiu no último dia 13.

De acordo com o Sintep VG, um recurso contra a liminar já foi impetrado, mas ainda não houve julgamento. “Nós entramos com recurso e estamos esperando julgar porque se for revogado a Prefeitura vai ter que devolver o corte de ponto, mas, amanhã a tarde nós temos uma assembleia e os funcionários estão revoltadíssimos com a prefeita. Se for por eles, mantém a greve com corte de ponto e tudo”, afirma a diretora financeira do sindicato, Anadelma Borges.

Segundo ela, “o impacto na folha não chega a R$ 200 mil. É muito pouco porque os funcionários já ganham muito pouco”, disse se referindo aos salários de cerca de 3.800 funcionários.

Conforme a Secretaria Municipal de Educação de Várzea Grande, mesmo com a paralisação parcial dos funcionários da Educação Pública, todas as escolas estão funcionando e não existe risco de atraso no calendário escolar de 2016. No entanto, Anadelma afirma que somente parte das aulas estão sendo oferecidas porque a maioria dos professores são apenas contratados e não efetivos. Já os demais serviços como de limpeza e alimentação são majoritariamente oferecidos por servidores estáveis na carreira.

Divulgação

greve educação vg

 Servidores continuam reivindicando na porta da Prefeitura. 

“Os servidores efetivos praticamente todos estão parados. As escolas estão funcionando porque os alunos e os professores estão limpando as escolas. A merenda, diretor, vigia que estão fazendo comida, mas não com o pessoal da merenda, 80% das merendeiras são efetivas”, disse ao .

Contrariando a versão do secretário de Educação Silvio Fidélis, que disse que em nenhum momento a Prefeitura de Várzea Grande fechou as portas para a negociação com as categorias profissionais, a diretora do sindicato conta que em quase trinta dias de greve, houve somente uma negociação.

“Eles não querem negociar. Nós negociamos uma vez, que foi quando os funcionários ocuparam a prefeitura. Nessa ocasião, eles foram obrigados a negociar. Estava lá a prefeita, o secretário de Educação, de Governo, de Planejamento. Hoje os vereadores voltaram a conversar com ela, mas ela está irredutível em não conversar”.

A Secretária de Administração Municipal, Vivian Arruda, sinalizou que a tomada de decisão quanto às vantagens salariais concedidas pela administração municipal, seja de reposição de perdas inflacionárias, aumentos ou enquadramentos, levou em consideração a responsabilidade da gestão por ser ano eleitoral, onde as exigências são mais rigorosas. Além disso, destacou a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) que limita os gastos com o funcionalismo público de uma maneira em geral.

“A área econômica da Administração Municipal se debruçou sobre números e arrecadação para atender as demandas existentes e tudo foi feito com responsabilidade e transparência, pois a prioridade é continuar honrando o pagamento dos salários em dia”, ponderou Vivian Arruda.

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