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05 de Novembro de 2018, 10h:14 - A | A

GERAL / ESTADO DE GREVE

Servidores ameaçam paralisar serviços pelo não pagamento da RGA

Em nota de repúdio, a entidade acusa o Governo de tentar dar o calote por não cumprir a negociata que estabeleceu os a divisão e o pagamento da Revisão.

RAFAEL MACHADO
DA REDAÇÃO



Após o Estado informar ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) de que não teria condições para pagar as parcelas da Revisão Geral Anual (RGA) de outubro e dezembro, o Fórum Sindical, que representa mais de 30 sindicatos e associações dos servidores públicos do Estado, não descarta uma greve geral no fim do mandado do govenador Pedro Taques (PSDB).

Em nota de repúdio, a entidade acusa o Governo de tentar dar o calote por não cumprir a negociata que estabeleceu a divisão e o pagamento da Revisão. Estavam previsto os pagamentos de 2%, que seriam feitos na folha de outubro, e de 2,19% em dezembro.

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“A palavra crise foi a tônica de todo este Governo e, que agora fica claro que foi uma crise artificialmente orquestrada por uma política fiscal errante e, por ineficiência na gestão e controle dos gastos públicos. Os servidores do Poder Executivo repudiam essa tentativa de calote na RGA de 2018, negociada antecipadamente em 2017, para evitarem-se embates que poderiam ser acusados de eleitoreiros, negociação assim feita a pedido do próprio Governo Taques e aceita pelas categorias”, diz trecho da publicação.

“A palavra crise foi a tônica de todo este Governo e, que agora fica claro que foi uma crise artificialmente orquestrada por uma política fiscal errante e, por ineficiência na gestão e controle dos gastos públicos", diz o Fórum Sindical.

O Fórum ainda criticou as trocas de comando das principais secretarias do Governo comparando a situação como “grande laboratório de experiências corporativas”.

“Os servidores vêm alertando para os equívocos, em especial da equipe econômica, a mesma que cometeu sucessivos erros na condução do Estado e sua pujante economia, penalizando os servidores do Executivo e, suas mais de 100 mil famílias, dependentes destes salários em dia, além de toda população do estado que não conseguiu ter acesso a serviços básicos com dignidade, como saúde e educação”, destaca.

Ao governador eleito Mauro Mendes (DEM) a classe pediu para que mude a "tônica de atrasos e ataques" aos servidores públicos.

Os servidores vêm travando desde o inicio do segundo semestre deste o pagamento da RGA. A Secretaria de Controle Externo do TCE emitiu um parecer alertando que o pagamento da parcela de setembro de 2,20%, relativa à revisão de 2016, geraria um aumento real das remunerações contrariando o acordo feito na chamada PEC do Teto de Gastos, aprovada em 2017 pela Assembleia Legislativa.

Mas, o Pleno de Contas suspendeu parcialmente a decisão anterior autorizando o Governo a quitar a parcela de setembro com os servidores. As demais parcelas ainda devem ser julgadas pelo órgão.

Veja a integra da nota:

Mais uma vez os servidores públicos do poder executivo se veem as voltas de um calote na sua Recomposição Geral Anual/RGA, achatando ainda mais seus salários, que mês a mês sem a devida reposição de perdas da inflação do ano anterior, vai perdendo o seu poder de compra e, junto perde toda sociedade e os setores econômicos que também dependem dos salários do funcionalismo para girar a “roda da economia”.

Foi uma alta rotatividade na troca de comando das principais secretarias durante todo o governo Taques, dando a impressão que o estado havia se transformado num grande laboratório de experiências corporativas, mas desde o princípio do atual governo, os servidores vêm alertando para os equívocos, em especial da equipe econômica, a mesma que cometeu sucessivos erros na condução do estado e sua pujante economia, penalizando os servidores do Executivo e, suas mais de 100 mil famílias, dependentes destes salários em dia, além de toda população do estado que não conseguiu ter acesso a serviços básicos com dignidade, como saúde e educação.

Em todos esses anos de mandato Taques, os salários vêm sendo corroídos por sucessivos parcelamentos da reposição inflacionária/RGA apenas do poder executivo, justo quem arrecada e carrega o estado “nas costas”. Em nenhum ano desse governo foi fácil ou sem a luta dos servidores para que se cumprisse com as leis vigentes. Após o parcelamento impositivo em 2015, tivemos que fazer GREVE de mais de quarenta dias em 2016 para que cumprissem o que determina a Lei 8.278/04, que reza a correção pelo INPC (ano anterior) e implantado em maio do ano subsequente, data base obrigatória. Já a RGA para os anos de 2017 e 2018 após algumas paralizações, assinamos um Acordo Coletivo através da Lei 10.572/2017 que agora não querem cumprir. Frisamos, todos os poderes receberam de acordo com a lei, menos o Executivo. Desde o ano de 2015 o Fórum Sindical vem apontando soluções para correção dos rumos da economia de Mato Grosso e, em consequência para a melhoria de todos os serviços públicos tão necessários a população.

Apontamos a equivocada política de renúncia e incentivos fiscais, além da Lei Kandir que beneficiam somente aos barões do agronegócio com a evasão fiscal de mais de 9 bilhões ano, em detrimento de tantos outros setores econômicos e do próprio povo, como apontou e ecoou essa semana da fala de dois experientes políticos do Estado.

Apontamos o escoadouro pela alta sonegação, a concessão dos duodécimos em percentual fixo e não por previsão orçamentária, mas sempre referendados pelo governo e pela assembleia legislativa, que tornou os poderes sócios da receita corrente líquida e legislando em causa própria, nos colocando no ranking nacional dos poderes mais caros do Brasil. Alem da manutenção da participação dos poderes em receitas vinculadas a exemplo do FETHAB, e mantê-las na conta única do estado, manteve ainda a herança de uma ineficiente política de execução fiscal da Dívida ativa, cujo o estado teria mais de 35 bilhões para serem executados, grande parte disso prescrevendo por falta de uma política eficaz nesta área.

A palavra crise foi a tônica de todo este governo e, que agora fica claro que foi uma crise artificialmente orquestrada por uma política fiscal errante e, por ineficiência na gestão e controle dos gastos públicos. Os servidores do poder executivo repudiam essa tentativa de calote na RGA de 2018, negociada antecipadamente em 2017, para evitarem-se embates que poderiam ser acusados de eleitoreiros, negociação assim feita a pedido do próprio governo taques e aceita pelas categorias.

Para o novo governo que logo tomará posse, fica a mensagem e o clamor para que mude essa tônica de atrasos e ataques ao servidorismo, pois não existe estado sem servidor, e muito menos arrecadação e serviço público sem policiais, enfermeiros, professores, médicos, engenheiros, policiais militares e civis, peritos, Área Meio, Conciliadores e Fiscais do PROCON e tantos outros perfis importantes para a consumação dos serviços públicos de qualidade a toda população.

Ao TCE que emitiu um equivocado parecer, rogamos que reveja seu posicionamento urgentemente, e ainda que não o faça para manter a reputação técnica desse tribunal de contas, que o Governo desconsidere a ingerência do referido tribunal que se arrisca a avançar na competência do Governo e Tribunal de Justiça, pois ataca uma Lei exaustivamente negociada e aprovada pelo Poder Legislativo de Mato Grosso, além de garantia em outra lei aprovada pela AL MT, a Lei de Diretrizes Orçamentárias, Lei Orçamentária Anual, além de garantias na Emenda Constitucional do Teto de Gastos, que também já previu e resguardou o financeiro para atendimento de tal direito.

Servidores, fiquem atentos às convocações de seus SINDICATOS.

Ainda é tempo de luta!

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Teka Almeida 05/11/2018

Para quem assumiu um estado, economicamente rico, sem estar capacitado o resultado não podia ser outro. Quem falou que durante a crise venderia lenços e que a RGA precisava ser parcelada para continuar o pagamento no dia 30, esse DESgoverno se mostrou incompetente e vingativo. Eu espero que o proximo governo faça uma auditoria para a população saber para onde está indo o dinheiro. Pois não tem obras prontas, saúde, educação e poderes sem repasses. Fornecedores sem receber e estado falido. Esse sujeito deveria sumir do Estado. Mas em breve teremos boas noticias... CCC te espera.

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