facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 05 de Maio de 2024
05 de Maio de 2024

06 de Abril de 2015, 12h:30 - A | A

GERAL / ESTHÉTIC CENTER LACRADA

CRM abre Processo Ético contra médico dono de clínica; registro pode ser cassado

Local onde Silas Barbosa operava não é adequado, conforme a denúncia; clínica também não possui registro no CRM e foi lacrada pela Vigilância Sanitária na semana passada

PAULO COELHO
DA REDAÇÃO



O Conselho Regional de Medicina (CRM-MT) vai abrir sindicância para apurar denúncias de irregularidades cometidas pelo médico Silas Barbosa Júnior, dono da Esthétic Center, clínica de cirurgia plástica que foi interditada na última quinta-feira (02), em Cuiabá, pela Vigilância Sanitária da Capital.

Pelo relatório da Vigilância, Barbosa  fazia suas cirurgias em locais inadequados, ou seja, na própria clínica, sem a devida estrutura necessária, como a presença de um anestesista, por exemplo. 

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

“Ele não pode fazer cirurgia em qualquer lugar, isso tem que ser feito num hospital e ali não é hospital”, disse o presidente do CRM-MT, Gabrel  Felks, ao RepórterMT.

Esse, segundo Felks, é o primeiro passo para a abertura de um Processo Ético Profissional, que pode resultar na cassação do registro de médico de Silas Barbosa Júnior.

E a situação do dono da Esthétic Center pode se agravar ainda mais, se também for comprovada  a denúncia de que ele aplicava e anestesia e operava ao mesmo tempo. “Isso não pode, é proibido, tem que haver dois médicos numa situação como  essa, ou seja, um para a anestesia e outro para operar”, emendou o presidente do CRM.

O conselho de medicina já teria disponibilizado um médico-fiscal para apurar as irregularidades, pois o relatório da Vigilância já chegou até o CRM que, conforme seu presidente, já esteve na clínica de Silas Barbosa. O CRM já teria verificado algumas irregularidades e notificado o médico a tomar as providências.

“Quando estivemos lá, constatamos que a clínica não está inscrita no CRM;  nós o notificamos e demos um prazo para que ele providenciasse a solução dos problemas, agora o CRM vai voltar lá para ver se ele cumpriu”, atestou Felks

Caso as denúncias sejam confirmadas, no procedimento investigativo interno do Conselho, Silas  Barbosa Júnior poderá ser punido com: Advertência; Censura  Confidencia; Censura Pública; Suspensão de 30 dias e ou, em casos mais extremos, com a cassação do exercício da profissão.

Outro lado

O médico Silas Barbosa Júnior entrou em contato com o RepórterMT nesse fim de semana e, por não estar em Cuiabá, alegou que, ao retornar nessa terça-feira (07), apresentará todas as provas  de que  ele e sua clínica  estão  dentro da legalidade.

Ele porém não quis adiantar nada sobre  suas possssíveis provas  e argumentações. Depois ter tentado, em vão, "derrubar" a matéria publica em primeira mão pelo RepórterMT na última quinta-feira( (02), Silas Barbosa pediu para ser ouvido pela reportagem quando voltar a Cuiabá. Na quinta-feira passada (02) a reportagem já havia procurado a clínica para ouvir o médico, mas uma funconária dele, em  tom ostil, negou-se a passar qualquer informação e não quis passar o contato de Barbosa. Em tom de "ameaça", a mesma alegou ser aluna no 9º semestre de Direito. 

 

 

 

Comente esta notícia